Morte de paciente

Conselho de enfermagem condena afastamento de profissionais de UPA

A morte de Maria da Luz das Chagas dos Santos, de 38 anos, após ter atendimento recusado na Unidade Pronto Atendimento (UPA) do Fazendinha na semana passada levantou um debate sobre a ação dos funcionários e médicos do local. O secretário de Saúde de Curitiba, Adriano Massuda, classificou os erros cometidos como “inadmissíveis” em sessão na Câmara de Vereadores ontem (29).

Nesta terça-feira (30), o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) se manifestou sobre o caso por meio de nota à imprensa. A entidade afirmou que vê com preocupação o afastamento de quatro profissionais de saúde que trabalhavam na UPA, pois “a princípio, deixa transparecer que a culpa pelo resultado do atendimento não adequado à paciente seria desses profissionais”.

Confira a nota da íntegra

O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR)  avalia que o episódio que envolve a morte da paciente Maria da Luz Chagas dos Santos, no último dia 23, nas imediações da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas Fazendinha, “deve ser rigorosamente apurado para esclarecer o fato, que é gravíssimo,  e determinar se houve omissão de socorro à paciente”.

Por considerar que o atendimento nas UPAs compreende a atuação de uma equipe multidisciplinar, o Coren/PR recomenda cautela para evitar “pré-julgamentos e setorizar a culpa pela possível falha no atendimento”, afinal o parecer da equipe instituída pela Secretaria Municipal de Saúde para elucidar o caso deve ficar pronta em cerca de 30 dias.

Maria teria sido vítima de negligência.
Foto: Arquivo pessoal.

Para a diretoria da Autarquia, o afastamento de quatro profissionais de Enfermagem – dois enfermeiros e dois auxiliares de enfermagem -, como divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde causa preocupação porque, em princípio, deixa transparecer que a culpa pelo resultado do atendimento não adequado à paciente seria desses profissionais. 

A presidente do Coren/PR, Simone Peruzzo, durante visita à Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro dia de abril deste ano, entregou ofício ao secretário Adriano Massuda, em que pontuava a necessidade da “estruturação da Coordenação de Enfermagem, estabelecendo melhores condições de organizar, acompanhar e avaliar as atividades da maior força de trabalho da Secretaria Municipal da Saúde”.

Ainda enfatizava a “ampliação do número de profissionais de Enfermagem, com adequação de enfermeiros assistenciais por Unidade de Saúde”.

Até o momento, o Coren/PR não recebeu respostas às pontuações apresentadas ao secretário da Saúde de Curitiba.

 O Órgão também não havia recebido, até a manhã desta terça-feira (30/6),  nenhum comunicado da Secretaria Municipal da Saúde pedindo o seu envolvimento na apuração do episódio da UPA Fazendinha.  

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