Partiu feira!

Clima da semana passada contribui para uma boa feira

Depois de dez dias sem registro de chuvas na capital, de acordo com a Estação do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) no Jardim das Américas, a noite de domingo para segunda registrou a primeira de muitas precipitações que irão marcar a última semana de maio em Curitiba e Região Metropolitana. O aspecto positivo, segundo a Central de Abastecimento S/A (Ceasa) de Curitiba, é que esses dias secos não interferiram nem na produção, nem na qualidade, e muito menos nos preços de frutas e verduras que chegam à unidade de distribuição no Tatuquara. A dica, no entanto, é que os consumidores aproveitem essa trégua até sexta-feira, pois dependendo do volume de chuvas, as folhosas podem apresentar alguma alteração a partir do início de junho.

Outro fator que deve pressionar os preços dos hortifrutis é o poder de comprar do consumidor fortalecimento pelo pagamento que sai até o quinto dia útil do mês. ‘Por enquanto o mercado ficou bem abastecido, mas as chuvas podem interferir nos preços das folhosas, assim como as temperaturas mais baixas. De qualquer forma, o consumidor precisa ter em mente que muitos produtos como abobrinha, brócolis, pimentão verde, couve flor e vagem já atingiram os preços mais baixos possíveis‘, explica o assistente técnico e de comercialização da Ceasa Curitiba, Evandro Pilati. ‘Isso significa que para economizar, o ideal é ir às compras antes do início de junho para aproveitar esses valores, já que a primeira quinzena do mês tende a sofrer um aumento, pois é quando o consumidor assalariado recebe o pagamento‘, acrescenta.

Dia mais crítico

A meteorologista do Simepar Ana Beatriz Porto explica que esse intervalo de dez dias sem chuva é perfeitamente esperado para o período. ‘A proximidade do inverno diminui os dias úmidos, embora nesta semana a umidade será a principal característica do tempo na capital até sexta-feira‘. Amanhã, pelo mapa do Simepar, está previsto o maior volume de chuva acumulada, algo em torno de 50 mm¯. Para se ter um ideia da diferença, entre a madrugada e a manhã de ontem, o acumulado ficou em 13 mm¯. ‘É o fluxo de ar mais úmido que irá manter essa condição de instabilidade, com direito a ventos vindos do norte e noroeste e a formação de raios‘, explica. Com esse quadro, as temperaturas também não vão subir como na semana passada, e as máximas não devem passar de 21ºC nos próximos dias. As mínimas seguem no mesmo patamar da semana passada, entre 13°C e 14°C.

Tomate e cebola

Segundo Pilati, a cebola e o tomate são os principais vilões da feira, já que ainda estão vindo de longas distâncias e o custo do frete afeta substancialmente os produtos. ‘A cebola estava sendo importada principalmente da Holanda, Chile e Argentina, deixando o quilo no atacado ficou em R$ 4,50. Nas próximas semanas deve começar a vir de São Paulo e os preços tendem a ceder. O tomate também castigou por conta do frete, já que tem vindo de Pernambuco e Bahia e ficou em torno de R$ 4‘, resumiu.