Mate o bicho!

Nova doença em Curitiba alerta para cuidados com mosquito

A confirmação do primeiro caso de febre Chikungunya em Curitiba, há três semanas, reforçou o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue. Apesar de o vírus ter sido contraído fora da capital, as autoridades sanitárias alertam para a importância da população curitibana se comprometer com a eliminação dos criadouros.

Além deste único caso de febre Chikungunya, foram registrados 113 casos confirmados de dengue na capital. Em todos, a transmissão ocorreu fora da cidade, mas mesmo assim o alerta é necessário. “O município está preparado. Temos um plano de contingência para a Chikungunya e, quando o caso chegou, emitimos os informes técnicos para as unidades de atendimento (públicas e particulares) e o alerta para novos casos”, explica a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Juliana Martins.

Aumento

O aumento consecutivo no número de focos do mosquito identificados pelas equipes de agentes da dengue também é preocupante. Em todo o ano passado, foram contabilizados 276 focos entre os 900 mil imóveis de Curitiba. Desde o começo do ano, já foram identificados 441 criadouros.

É bom a população ficar atenta, pois o mosquito Aedes aegypti (e também o Aedes albopictus e outros tipos) transmite ainda uma terceira doença, que foi identificada recentemente: a febre zika. O Instituto Evandro Chagas confirmou há duas semanas 17 casos de zika vírus no País – oito no Rio Grande Norte e oito casos na Bahia. Na última sexta, um caso foi confirmado em Sumaré (SP).

O jeito é prevenir

A única forma de combater o Aedes aegypti é eliminar possíveis criadouros. “Olhar uma vez por semana se, no quintal ou no ambiente de trabalho, há algum objeto que pode acumular água é ideal”, orienta Juliana. Ela explica que, em último caso é usado o inseticida, manipulado apenas pelos agentes da dengue.

“É importante que a população permita a entrada do agente em suas casas. Eles estão uniformizados e apresentam crachá”, reforça a coordenadora. Além das rondas diárias por toda a cidade, é possível solicitar a visita pela Central 156.

O Ministério da Saúde inicia no próximo semestre pesquisa pra saber quando e como a vacina contra dengue será aplicada. “Não haverá vacina pra todos. Precisamos saber quais são os públicos que devem ser escolhidos pra imunização”, diz o coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho.