Moradores da Vila Torres, Prado Velho, bloquearam as pontes das ruas Chile e Baltazar Carrasco dos Reis, no fim da tarde de ontem, com barricadas em chamas. O tráfego ficou complicado no local até por volta das 19h30, quando o protesto acabou. A falta de agentes de trânsito agravou o problema dos motoristas.
Os manifestantes pediam a conclusão das obras da ponte na Rua Embaixador Hipólito de Araújo, que faz ligação entre as ruas Chile e Guabirotuba, pelo interior da vila.
Em dezembro, a velha estrutura de madeira desabou. Depois de vários dias fazendo desvios de mais de cinco quadras para acessar o outro lado, os moradores viram a chegada de máquinas e funcionários da prefeitura.
Uma ponte provisória, também de madeira, foi construída para atender a população até o fim das obras da nova estrutura. Vigas de concreto chegaram a ser colocadas no Rio Belém, porém, a construção não prosseguiu. Nos últimos meses, três pessoas caíram na travessia.
Uma mulher, de 34 anos, foi a última vítima. De acordo com familiares, ela seguia para o trabalho, quando a ponte balançou, provocando a queda na água. Ela sofreu fratura de costela e teve órgãos perfurados. Conforme o relato de irmãos, até a noite de ontem ela permanecia internada na UTI do Hospital Cajuru.
“Ao contrário das outras três pontes sobre o Rio Belém, que passam dentro da vila, esta que caiu é de uso apenas dos moradores. As demais são em ruas de grande movimento, por isso tem boa estrutura”, disse uma moradora, que pediu para ter o nome mantido em sigilo. “Preciso passar todos os dias por aqui, com três crianças. Dá medo”, comentou.
A prefeitura de Curitiba informou que a licitação para a construção de uma estrutura definitiva deve ser lançada ainda nesta semana.
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