Na bronca

Empresas de Fazenda Rio Grande reclamam do fornecimento de energia elétrica

Empresas do Parque Industrial vêm sofrendo constantemente com quedas e oscilações de energia elétrica na região. O problema já é antigo e, em função disso, a pedido dos próprios industriais, a Associação Comercial e Industrial de Fazenda Rio Grande (ACINFAZ) organizou, nesta quarta-feira (01), uma reunião com o intuito de debater, planejar e elaborar uma pauta de reivindicações, solicitando melhorias nos serviços prestado pela Companhia Paranaense de Energia (COPEL). A reunião foi conduzida por Gastão Gonchorovski, vice-presidente de Relações Públicas da ACINFAZ.

Inúmeros problemas relacionados ao tema foram relatados pelos presentes. Por causa das constantes quedas de energia não programadas (sem aviso prévio), a produção e o maquinário dos fabricantes, por exemplo, são extremamente prejudicados pelos apagões. Isso gera desordem e, até mesmo, estagnação nas rotinas fabris, além de danos a equipamentos e também prejuízos financeiros.

Até Fazenda Rio Grande sai perdendo. A chegada ou a estabilidade de empresas na cidade movimentam a economia, geram empregos e trazem uma série de outros benefícios. Fatores como a má prestação de serviços de energia elétrica na localidade podem ser influenciadores e, inclusive, decisivos no que se refere à permanência de indústrias no município.

Segundo os representantes das empresas que estiveram na reunião, inúmeras reclamações formais foram protocoladas na COPEL para que o problema seja resolvido, mas nenhuma providência foi tomada. Eles contam que a concessionária não se posiciona sobre o assunto e que, quando há retornos, afirma estar cumprindo as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Outra queixa unânime, referente aos desligamentos programados, é a comunicação ruim entre a Companhia e os clientes, pois, em muitos casos, as informações e notificações não chegam ao conhecimento das empresas.

Após as explanações, a ACINFAZ se prontificou a receber de cada representante um ofício com informações de consumo e impactos gerados pela falta de energia. Após isso, será elaborado e encaminhado documento formal à COPEL, contendo os ofícios anexos a uma única pauta de reivindicações. Simultaneamente, a Associação Comercial também se comprometeu a solicitar à diretoria da Companhia Paranaense de Energia uma conversa pessoal, a fim de conhecer os projetos e cobrar soluções.

Sabendo que o problema não atinge apenas a área industrial de Fazenda Rio Grande, a ACINFAZ se dispõe a ouvir e receber relatos de demais empresas que sofrem com as constantes quedas de energia ocorridas na cidade. Esses episódios afetam não só a indústria, mas também os setores de comércio e de prestação de serviços.

O evento reuniu 22 pessoas, incluindo o presidente Ferdinando Ércoli e quatro ex-presidentes da ACINFAZ: Amarildo Boiko; João Antonio Munaro; Antonio Siderlei Baldan e Gastão Fabiano Gonchorovski. Ao todo, catorze empresas foram representadas na reunião: SNR; Plastilit; KYB Mando; Isringhausen; Antex; Ciabrink; Metalúrgica Expoente; Eurovetro; Embalare; Cobércoli; Methal Company; Indusmetal; Imbrasfama; Vetorlog e J. A. Munaro Incorporadora. Apesar de ter sido solicitado por empreendimentos da área industrial da cidade, executivos de outras localidades e segmentos também participaram do encontro, a fim de contribuir com o debate.

A Associação Comercial e Industrial de Fazenda Rio Grande é reconhecida legalmente como uma entidade municipal de utilidade pública e tem o fundamental papel de manter a expressiva representatividade que tem na cidade, atendendo às solicitações de empresários de todos os setores. O presidente Ferdinando Ércoli ressaltou que é função da instituição defender os interesses do empresariado local e que a “casa está de portas abertas para as empresas do município”.