Parados há 23 dias!

Sem conversa, terceirizados da Oi vão à Justiça

Trabalhadores terceirizados da operadora de telefonia Oi bloquearam temporariamente a Avenida Manoel Ribas, na frente da sede da empresa. Os trabalhadores estão paralisados há 23 dias.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Instalações Telefônicas (Sintiitel) Hélio Valentim, os trabalhadores exigem que a empregadora, empresa RM Telecom, adote um modelo de remuneração pela produtividade. “Hoje o pessoal ganha só salário mínimo, o que achata os rendimentos”, explica Valentim, alertando que a greve por tempo indeterminado e vai prosseguir até que o problema seja resolvido.

Segundo ele, atuam na Grande Curitiba cerca de 900 trabalhadores. Desses, em torno de 600 cruzaram os braços. “Desde 2012 a empresa está adiando a implantação de um modelo de remuneração variável, mas até agora nada foi feito. A gota d’água para detonar a greve foi o corte de horas extras ocorrido em janeiro”, relatou Valentim.

Valentim explicou também que a empresa propôs transferir o risco da atividade para os trabalhadores. “Não podemos aceitar isso, inclusive é contra a lei. Por esta lógica seria descontado do trabalhador qualquer defeito. As redes estão sucateadas, desde a privatização da Telepar não existe investimento”, protestou o presidente do Sintiitel.

Outro lado

A reportagem do Paraná Online tentou repetidas vezes contato com a empresa RM Telecom, durante o horário comercial, mas não obteve resposta da empresa.

A operadora Oi enviou nota explicando que a greve dos terceirizados afetou a sua capacidade de serviços na região metropolitana de Curitiba. E, para tentar fazer frente ao problema, contratou em caráter emergencial equipes para a realização das atividades afetadas. A Oi está tomando as providências cabíveis para restabelecer o pleno atendimento às demandas o mais brevemente possível.

A operadora cita ainda que, em caso de dúvidas sobre informações referentes a reparos, às contas dos serviços aos clientes e à velocidade de internet contratada, a companhia mantém o telefone 103 14 para prestar esclarecimentos. A ligação é gratuita.

Mediação da Justiça

Segundo Hélio Valentim, a empresa “está de portas fechadas e não deu sinal de que fará um acordo”. Por conta disso, o Sintiitel fez uma solicitação de mediação na Delegacia Regional do Trabalho, que deve acontecer nesta sexta-feira (27), às 13h30, na sede do Ministério do Trabalho.