Greve dos professores

Apesar de decisão judicial pelo retorno imediato das aulas, greve continua

Após uma assembleia-geral que lotou o estádio da Vila Capanema na manhã de quarta-feira (4), educadores e funcionários da rede estadual de educação foram surpreendidos por uma decisão da Justiça que determinou o retorno imediato às salas de aula sob pena de multa diária de R$ 20 mil. A liminar do desembargador Luiz Mateus de Lima respondeu ao pedido feito pelo governo do Paraná para que a greve iniciada no dia 9 de fevereiro fosse declarada abusiva.

Apesar de ter criticado a decisão ontem, a APP-Sindicato, representante da categoria, informou ainda não ter sido notificada oficialmente até a manhã dessa quinta-feira (5). Segundo Marlei Fernandes, secretária de finanças da entidade, hoje é um dia de recesso pela mobilização organizada na quarta-feira e permanece a decisão da assembleia-geral pela continuidade da paralisação.

De acordo com a APP-Sindicato apenas a Escola Nossa Senhora de Salete, no bairro Jardim Social, retomou as aulas. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou estar apurando se mais alguma escola reabriu.

“O clima é de ansiedade, claro, mas a maioria tem se manifestado pela manutenção da greve. Nós vamos tomar todas as medidas cabíveis e necessárias e recorrer da decisão”, disse. Ainda segundo Marlei, não houve novas tentativas de diálogo por parte do governo. “Quando recorremos da primeira decisão judicial pedimos por uma audiência de conciliação. O governo pode nos convocar a qualquer momento que nós vamos dialogar.”