Greve no transporte?

Motoristas e cobradores na bronca com proposta dos patrões

Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana realizaram uma assembleia, na manhã desta quarta-feira (4), na Praça Rui Barbosa, no Centro da capital, e votaram de forma unânime contra a proposta do sindicato patronal, que não ofereceu nenhum aumento real aos trabalhadores.

As empresas ofereceram apenas o reajuste da inflação, no valor de 7,13%. Outras duas assembleias ocorrerão nesta quarta-feira, uma às 15h e outra às 19h, para definir qual será a postura dos trabalhadores.

É praticamente certo que a proposta feita pelo sindicato patronal seja rejeitada pelos motoristas e cobradores.

Na última sexta-feira, a desembargadora Ana Carolina Zaina, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), determinou que o sindicato patronal fizesse uma proposta aos trabalhadores, já que nada havia sido proposto.

O resultado da votação será levado de volta à audiência no TRT, nesta quinta-feira (5), às 14h. De acordo com a assessoria do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc), apesar da insatisfação dos trabalhadores, não há indicativo de greve para os próximos dias.

Reivindicação dos trabalhadores

A pauta de reivindicações da categoria solicita reajuste integral do INPC mais aumento salarial de 6,40%, o que totaliza aproximadamente 12,80%; aumento no cartão alimentação, com equiparação aos valores pagos aos funcionários da URBS que atuam no transporte coletivo; contratação de seguro de acidentes; estabelecimento de multa equivalente a R$ 100,00 por dia para cada funcionário, caso não haja o pagamento do adiantamento salarial; adequação das estações tubo para garantir condições dignas de trabalho no frio e no calor; e fim da obrigação de motoristas e cobradores inibirem crimes nos ônibus, considerando que isso é dever de policiais ou guardas e tem sido causa de graves agressões aos trabalhadores.