Após tantas maldades...

Professores e funcionários da educação aprovam greve

Em assembleia na manhã deste sábado (07) professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram, por unanimidade, entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão dos servidores compromete o início das aulas, que estava previsto para a próxima segunda-feira (09). A paralisação nas 2,1 mil escolas do Paraná afetará 950 mil alunos.

Segundo a APP-Sindicato a greve foi votada por unanimidade por conta dos cortes e do pacotão de ‘maldades’ divulgado nesta semana.

Segundo o sindicato, 60 anos de conquistas da categoria foram perdidos após medidas tomadas pelo governador Beto Richa.

A motivação principal seria o não pagamento da rescisão de 29 mil contratos de professores temporários e do terço de férias. O pacote de austeridade foi a “gota d’água” para a categoria. Outro ponto que deixou a categoria indiganada foi a decisão de Beto Richa de extinguir os quinquênios.

Segundo Marlei Fernandes, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato), o clima entre os professores, que já estava tenso, piorou ainda mais após o anúncio das novas medidas a insatisfação seria “generalizada”. “O governador está promovendo um desmanche geral da categoria do magistério. O que ele está fazendo com a nossa categoria é humilhante”, afirma.

Os professores prometeram manter um funcionário e um professor na segunda-feira para orientar os mais.

Protestos

Nesta semana, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), está prevista a votação do ‘pacote de maldades’ proposto pelo governador. Os professores e funcionários da educação estadual prometem fazer vigília na Alep e tentar evitar a aprovação das medidas.

Falsos professores

Em Cascavel um assessor da prefeitura local e outro de Beto Richa fizeram uma manifestação pró-governador fingindo ser professores. A cena, no mínimo duvidosa, foi flagrada em um evento de inauguração de um radar meteorológico da cidade. Do lado de fora, porém, protestavam os verdadeiros professores contra o governador.

Em nota o governo disse que desconhecia o ‘protesto’.