Os servidores públicos municipais podem entrar em greve na próxima segunda-feira. Eles protestam contra um decreto do prefeito Gustavo Fruet, que suspendeu reajustes financeiros e pagamentos de gratificações para diversas categorias. Uma assembleia marcada para a noite de hoje vai bater o martelo sobre a paralisação.
A greve está marcada desde a última terça-feira, mas a prefeitura apresentou novas propostas às reivindicações dos servidores, em reunião na tarde de ontem. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a administração municipal propõe a antecipação do pagamento dos reajustes salariais e quitação das horas extras de forma parcelada.
A mobilização atinge principalmente os servidores municipais do Sistema Único de Saúde (SUS). A categoria se queixa de equipes reduzidas e insuficientes para atender a demanda da população. Segundo o Sismuc, a defasagem chega a 70%. “Nas Upas, equipes que deveriam ter 32 auxiliares de enfermagem possuem apenas oito profissionais. Mas não há perspectiva de novos concursos públicos para a Saúde”, conta Ana Paula Cozzolino, coordenadora do Sismuc.
O sindicato fará hoje um protesto em frente à Câmara Municipal. O prefeito Gustavo Fruet estará no legislativo municipal para iniciar o trabalho dos vereadores em 2015. “Essa oportunidade que será utilizada para denunciar o calote da gestão”, diz Ana Paula Cozzolino. “Vamos lotar a Câmara e na frente dos vereadores, da população e da imprensa expor essa vergonha”.