Palhaçada com o povão!

Dinheiro não aparece e greve de ônibus é quase certa na segunda-feira

Sem qualquer previsão de pagamento do Estado e da prefeitura de Curitiba às empresas de transporte coletivo, os trabalhadores prometem entrar em greve geral a partir da zero hora de segunda-feira.

Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) acumulam dívida de R$ 16,7 milhões com as operadoras do sistema. Sem esse dinheiro em caixa, as empresas dizem que não podem acertar o vale salarial dos trabalhadores, que deveria ter sido pago no último dia 20.

Ontem à tarde, o secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Junior, se reuniu com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus (Sindimoc), Anderson Teixeira. Foi a primeira reação do governo após a manifestação de motoristas e cobradores em frente ao Palácio Iguaçu, no último dia 8. Segundo o Sindimoc, Ratinho reconheceu a dívida, prometeu pagar, mas não disse quando nem como o governo fará isso. Ele teria apresentado planilhas de possibilidades para o subsídio estadual ao sistema em 2015. Como a Comec propôs reduzir o valor do repasse para custear a tarifa, a Urbs não renovou o convênio e “jogou” para o órgão estadual a responsabilidade de pagar as empresas metropolitanas, que estão desde 1.º de janeiro sem receber.

O Sindimoc vai esperar até o final do dia para que as empresas depositem os valores referentes ao adiantamento salarial. Caso contrário, está mantido o indicativo de greve para segunda-feira. Conforme o sindicato, a maioria das empresas não pagou o vale e apenas a CCD teria se comprometido a fazer o acerto hoje. Em seu site, o Sindimoc diz que a indignação tomou conta da categoria e publicou fotos de trabalhadores protestando com nariz de palhaço. “Mande sua foto com nariz de palhaço! Mostre o que o governo, a Urbs e as empresas estão fazendo com a categoria!”, conclama.

Em protesto, a categoria cola adesivos pela cidade. Este, flagrado por uma leitora do Paraná Online, estava em um Ligeirinho da linha Centenário.

Em protesto, categoria cola adesivos a favor da causa. (Colaboração/Leitor)