Esquina das Marechais

Táxi desgovernado mata homem que cruzava a faixa de pedestres

Um pai de família de 27 anos morreu atropelado em um acidente com um táxi desgovernado no cruzamento da Rua Marechal Deodoro com a Avenida Marechal Floriano Peixoto, no centro de Curitiba, na noite desta sexta-feira (24). Segundo o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o táxi, um Chevrolet Cruze, bateu em um Nissan March, ambos com placas de São José dos Pinhais, perdeu o controle, atropelou o jovem e só parou ao atingir um ponto de ônibus.

Adenilson de Lima dos Santos era motorista de uma empresa que presta serviço ao Subway (que fica na esquina do local do acidente) e morreu no local. Segundo representantes da empresa, o rapaz atravessava a rua na faixa de pedestres e foi jogado pelo táxi a uma distância de aproximadamente 30 metros. Adenilson chegou a ser socorrido com vida, mas morreu na ambulância. Ele era casado, tinha filhos e morava em Colombo.

No táxi estavam duas pessoas, que ficaram feridas. Stella S. de Freitas, de 85 anos, e Sergio Fernando S. de Freitas, 52, que tiveram fraturas e foram encaminhados, sem risco de morte, ao Hospital Evangélico. A motorista do March, identificada apenas como Roberta, também foi encaminhada ao hospital, porque reclamou de dores nas costas, e outras duas pessoas que estavam com ela no carro não ficaram feridas.

Segundo o taxista, Osmair José Bueno, de 41 anos, tudo aconteceu muito rápido e ele perdeu a consciência depois da batida. “Seguíamos no mesmo sentido e o March parou do nada, não consegui frear, bati e perdi o controle. Não vi que tinha atropelado alguém porque na hora que perdi o controle desmaiei”, disse. O motorista, que contou que trazia as duas pessoas do aeroporto para o hotel Bourbon, passou pelo teste do bafômetro, que não apontou álcool no sangue.

O sargento Weber, do Corpo de Bombeiros, contou que o trabalho foi intenso no local por conta da dimensão do acidente. “A primeira preocupação era com vazamento de gás natural do táxi, que poderia explodir. O Siate já atendia a todas as vítimas e os socorristas trabalharam de forma intensa para tentar salvar a vida do rapaz, que infelizmente não resistiu aos ferimentos”, disse.

Testemunhas disseram que o taxista estava em alta velocidade e, por isso, não conseguiu frear a tempo e causou o acidente. Para os policiais do BPTran, é impossível confirmar a informação. “Os indícios e a destruição provocada pelo táxi levam a crer que a velocidade estava, realmente, acima do permitido, mas não podemos afirmar. De qualquer forma, o local conta com câmeras de segurança e as imagens serão importantíssimas para ajudar na investigação”, explicou o sargento Valentim.

Quanto à possibilidade de que os dois motoristas teriam se perdido por não conhecer a sinalização da capital, o sargento do BPTran descartou. “O que aconteceu foi uma fatalidade que, coincidentemente, os dois veículos eram da região metropolitana. Mas o acidente não aconteceu porque um ou outro não conhecia a cidade”, explicou. O taxista foi encaminhado à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).

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