Greve dos bancários

Quase 400 agências estão fechadas em todo o Paraná

A greve dos bancários entra hoje em seu segundo dia com pelo menos 397 agências fechadas em todo o Paraná, número correspondente à adesão desta segunda-feira (30). Em Curitiba e Região Metropolitana foram 165 agências e centros administrativos que deixaram de atender na capital e nos municípios Campina Grande do Sul, Campo Largo, Araucária, Rio Negro, Lapa, Pinhais e São José dos Pinhais.

Mesmo com adesão maior em relação ao movimento do ano passado – quando 140 agências paralisaram as atividades no primeiro de 23 dias de paralisação -, poucos usuários encontraram problemas no serviço dos caixas eletrônicos nas agências. “Só consegui fazer o depósito no caixa eletrônico depois de passar por três agências. Duas estavam sem envelopes”, contou o aposentado Elio Claudio Tersi, que pretende ir às caixas lotéricas para resolver suas pendências financeiras.

Já a cozinheira Neusa Fagundes saiu da agência satisfeita, mas disse que não se planejou para os próximos dias sem banco. “Não sei como vou fazer para pagar as contas. Porque não são todas as contas que as lotéricas recebem, então vou ter que esperar pra pagar depois da greve”, disse. “Não consegui fazer o pagamento, mas ainda estou dentro do prazo. Só que a greve sempre complica”, opinou o motoboy Ilson Martins.

Indeterminado

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Elias Jordão, afirma que ainda não há previsão para o fim da greve nem para uma nova rodada de negociação com os bancos. A categoria pede reajuste de 12,5% (inflação mais 5% de ganho real) e PLR enquanto os bancos apresentaram duas propostas, de 7% e depois 7,35% de reajuste.

Jordão acredita ainda que, por enquanto, os usuários não terão muitos transtornos para utilizar o serviço e que, em sua avaliação, os bancos não estão dispostos a deixar a greve se estender por muito tempo. “O sentimento que a gente tem, das mesas de negociação, é que os bancos não querem expor muito uma imagem negativa com a sociedade e tem demonstrado que poderá avançar na negociação. Mas entre demonstrar intensão e de fato trazer uma proposta que seja aceitável é outra história”, diz o sindicalistas. “A gente sabe que greve é greve e que algum transtorno ela vai trazer. Esperamos que em poucos dias esteja tudo resolvido e as pessoas que não conseguiram usar os bancos nesses dias poderão resolver a situação no primeiro dia de reabertura das agências”.

Paraná Online no Google Plus

Paraná Online no Facebook