Bacacheri

Duas pessoas morrem em acidente entre moto e bicicleta

O passeio no Parque Bacacheri tinha acabado e o ciclista Luciano Alves da Silva, 38 anos, retornava para casa com o sobrinho, por volta das 17h30 de ontem, quando foi morto por uma motocicleta, no cruzamento das avenidas Prefeito Erasto Gaertner e José Gulin. Anderson Ronan Correia, 38, que pilotava a Triumph 675 cilindradas, também morreu. A companheira dele, Eliza Firmann, 35, que estava na garupa, foi socorrida ao Hospital Cajuru, fora de risco.

De acordo com Wesley Silva, 18, sobrinho de Luciano, os dois atravessavam a Avenida Erasto Gaertner, pedalando as bicicletas, e viram a motocicleta, que se aproximava pela pista sentido Tingui. “Parecia estar longe e achamos que dava para atravessar. Mas ficou perto muito rápido e nem deu tempo do meu tio, que estava um pouco à frente, voltar. Quando vi, os três já estavam no chão”, descreveu o rapaz, que largou a bicicleta perto da do tio, para chamar ajuda.

Para os policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), apesar da preferencial ser do motociclista, ele provavelmente estava em alta velocidade. O corpo de Luciano ficou no meio da rua e o de Anderson, na calçada, ao lado da motocicleta. Foram recolhidos pelo Instituto Médico-Legal (IML), somente às 19h. Por este motivo, a Erasto Gaertner ficou parcialmente interditada desde o cruzamento da Avenida Francisco Albizu até a Rua Achilles Stenghel.

Lineu Filho
Ciclista atravessa avenida e é atingido por moto. Piloto morre também.

Trânsito

O trânsito ficou bastante complicado, principalmente por causa do grande movimento de saída do parque. Foram necessárias três equipes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) para organizar os desvios. A passagem também ficou mais lenta em função da aglomeração de curiosos.

Vários moradores da região ficaram revoltados com a cena e por pouco não houve protesto fechando completamente a avenida. Eram unanimes em relatar o perigo que o cruzamento oferece, principalmente em finais de semana e feriados, quando o parque fica cheio de gente.

Reclamação

“Domingo geralmente é pior, mas acidente aqui não tem dia para acontecer. Sempre tem batida. Seria necessário um redutor de velocidade porque a travessia é complicada. Eu mesmo já parei o carro e liguei o alerta para ajudar cadeirante ou idoso passar. Os veículos andam em velocidade e não respeitam a faixa de pedestres”, relatou Deivison José Evers, que é motorista e mora a uma quadra do cruzamento.

O ponto de ônibus perto da esquina também foi alvo de reclamação. “Os coletivos param para embarque e desembarque e dificultam a visão de quem vai atravessar. A pessoa não consegue ver a outra pista”, explicou o representante comercial Ronald Pagani. Ele também acredita na necessidade de redutor de velocidade, seja semáforo ou lombada eletrônica. “Pelo menos aos domingos tinha que ter algum fiscal orientando a passagem também. Nós moradores e quem vêm passear no parque precisa de mais segurança”, completou Ronald.

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