Proposta recusada

Funcionários dos Correios podem entrar em greve nesta quinta

Os funcionários dos Correios de todo o Paraná recusaram a proposta da estatal e podem cruzar os braços a partir da noite de hoje. Tudo depende de uma nova assembleia, que está marcada para 19h e deve decidir o futuro das negociações entre os trabalhadores e a empresa.

Ontem, os funcionários não aceitaram a proposta, que era de aumento zero no salário e gratificação de R$ 200, referente ao alcance das metas estabelecidas de produtividade, e decretaram estado de greve.

A categoria pede a correção da inflação de 6,5% nos salários, reajuste de 8% de ganho real e de 11,94%, referente às perdas históricas. Além disso, são reivindicados R$ 40 de vale alimentação e R$ 300 de aumento linear.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom-PR), Wilson Dombroski, explica que o menor salário dentro da empresa, de R$ 1.080, está muito longe do ideal pretendido. “E com a bonificação, os trabalhares iriam continuar recebendo o mesmo valor, porque os R$ 200 não serão acrescidos ao valor total e sim a uma gratificação”.

O diretor do Sintcom-PR disse ainda que nesta quinta-feira, os serviços dos Correios funcionam normalmente. “O que vai implicar é o resultado da nova assembleia, que acontece na noite de hoje. Porque aí sim os trabalhadores poderão parar a qualquer momento”, disse.

Com a paralisação das atividades, os trabalhos de entrega e triagem serão duramente afetados. Algumas agências dos Correios também podem até fechar as portas. Outro serviço que poderá sofrer com a greve é a distribuição de urnas eletrônicas, que serão usadas nas eleições deste ano. Para Dombroski, caso a mobilização continue até o período de distribuição dos equipamentos (que ainda não está marcado), as eleições podem ser prejudicadas.

Proposta

A assessoria de imprensa dos Correios informou que concorda com a correção da inflação, mas foi contrária ao aumento linear. A estatal propôs apenas a gratificação de R$ 200. “Dessa forma é muito ruim, não trem impacto real no salário. As metas propostas pelos Correios são muito altas e difíceis de serem alcançadas”, ponderou Wilson Dombroski.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é responsável por fazer a mediação entre os Correios e os trabalhadores nas conversas que têm acontecido na capital e também em Brasília.

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