Após reunião com representantes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), parte dos agentes que fiscalizam o EstaR (Estacionamento Regulamentado) decidiram voltar ao trabalho na tarde desta segunda-feira (1º). Curitiba tinha amanhecido sem os fiscais de trânsito nas ruas. Eles cruzaram os braços em protesto pela morte do agente Reynaldo Lopes, 54 anos, assassinado a tiros enquanto trabalhava, na noite de sexta-feira (29), na Rua Professor Algacyr Munhoz Maeder, Cidade Industrial.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (SindiUrbano) ouviram o apelo dos agentes, que já tinha feito manifestação no domingo (31) pedindo providências com relação a morte de Reynaldo, e marcaram reunião com representantes da Setran.
No domingo, cerca de 50 carros participaram do cortejo que saiu da sede da Setran, no Prado Velho, em direção ao Cemitério do Abranches, onde o corpo de Reynaldo foi velado. De lá seguiram para o Cemitério Evangélico do Cachoeira, em Almirante Tamandaré, para o sepultamento.
Nesta segunda, na reunião com a secretaria, a pauta dos agentes era principalmente com relação a segurança. De acordo com a prefeitura, serão feitos ajustes internos na rotina dos fiscais. As estratégias de abordagem dos motoristas também deverão ser reestudadas, segundo o sindicado.
A Setran tem 356 agentes em Curitiba, sendo que 169 deles atuam na área de EstaR e 187 na fiscalização geral do trânsito. Segundo a secretaria, são em média 50 a 60 agentes trabalhando em cada turno.
Investigação
O delegado Danilo Zarlenga, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), é o responsável pela investigação. A Prefeitura informou que está ajudando a Polícia Civil na apuração da morte do agente e pediu agilidade na identificação dos autores.
Reynaldo foi assassinado na sexta-feira, por volta das 21h30, quando foi até a Rua Professor Algacyr Munhoz Maeder, na Cidade Industrial, para checar uma denúncia de estacionamento irregular. A ocorrência foi feita pelo número 156. Ele teria sido abordado por dois jovens em uma motocicleta. Houve rápida discussão e um deles abriu fogo na direção de Reynaldo, que morreu dentro da viatura. O veículo estava em movimento e parou alguns metros adiante. Nenhum dos assassinos foi encontrado.
