Estratégia

Profissionais da saúde se unem pra criar equipe focada no ebola

Profissionais de saúde do Paraná se reuniram para formar uma equipe preparada para conduzir o atendimento de casos suspeitos do ebola no estado. Cerca de 200 pessoas participaram ontem de uma oficina de capacitação sobre vigilância, diagnóstico e manejo clínico de casos da doença.

Atualmente, não há registro de casos suspeitos ou confirmados de ebola no Brasil. Apesar de ressaltar que o risco da ocorrência de um surto no Paraná é considerado baixo, o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, afirma que a rede pública de saúde precisa estar organizada para atender qualquer situação. “A intervenção imediata é essencial para conter a transmissão desse tipo de vírus e por isso os profissionais de saúde precisam ter embasamento técnico para agir de forma correta”, explicou.

O protocolo de atendimento apresentado na oficina define como caso suspeito todo paciente que apresentar febre alta e sintomas de hemorragia em até 21 dias após retornar de um dos quatro países africanos com surto.
A programação da oficina também contou com palestra sobre as medidas de biossegurança indicadas para o atendimento de pacientes com suspeita de ebola. A Secretaria Estadual da Saúde informou que já está adquirindo os equipamentos necessários para a proteção dos profissionais que atuam neste serviço.

Doença pode chegar a 20 mil casos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o número de pessoas afetadas pelo vírus do ebola pode subir para 20 mil nos próximos nove meses e projetou que cerca de meio bilhão de dólares serão necessários para financiar os esforços com o objetivo de interromper a disseminação da doença que já matou 1.552 pessoas.

A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o surto da doença “continua a se acelerar”. Mais de 40% dos casos relatados surgiram nas últimas três semanas, diz o relatório. Autoridades de saúde dos quatro países afetados – Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa – relataram 3.069 casos da doença desde o início do surto, em dezembro.

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