Futuro incerto

Sindicato pode ser multado se impedir reunião do HC

Uma liminar expedida pela Justiça Federal nesta quarta-feira (27) determina que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest) seja multado em R$ 10 mil por conselheiro da Universidade Federal do Paraná (UFPR) impedido de entrar na reunião que acontece nesta quinta-feira (28) para decidir se o Hospital de Clínicas (HC) e a Maternidade Victor Ferreira do Amaral irão aderir à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). No total, o conselho da universidade é formado por 63 membros.

A liminar é uma tentativa de impedir que aconteceu na última reunião, quando diversos conselheiros não conseguiram participar da votação por conta da manifestação de sindicalistas contrários à cogestão da UFPR e da Ebserh. Além disso, a liminar expedida pelo juiz da 11.ª Vara Federal, Flavio Antônio da Cruz, estipula uma multa de R$ 100 mil, caso a reunião seja impedida por manifestações.

No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa do Sinditest, até o momento, nenhum dos conselheiros teve acesso “à íntegra do contrato que propõe a ‘gestão compartilhada’, tão pouco obtiveram respostas a cerca de como seria feito tal modelo de gestão”. Para tentar frear o processo que pode criar esse novo modelo administrativo, o sindicato, por meio da A Frente de Luta Pra Não Perder o HC, solicitou, no último dia 21, que fosse realizado um plebiscito em todo o estado, alegando que o hospital atende pacientes de todas as regiões do Paraná. Com isso, a adesão ou não à Ebserh seria decidida pelo voto popular.

Apesar dos esforços, Zaki Akel Sobrinho, reitor da UFPR, afirmou que esse tipo de operação não é permitida, já que o Conselho Universitário (COUN) é a autoridade suprema da instituição e somente a deliberação entre os membros tem poder de decisão.

Às claras

A reunião será acompanhada por uma comissão especial de observadores, integrada por membros da Justiça do Trabalho, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil. “Seria uma postura totalmente antidemocrática, que repudiamos com veemência, e contrária ao espírito universitário que sempre adotamos nos debates sobre o tema. O Conselho Universitário tem plena legitimidade e representa os interesses não apenas da UFPR, mas de toda a sociedade paranaense”, comentou o reitor.

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