Discórdia no hospital

Empresa e prefeitura trocam acusações por crise em hospital

Os médicos e funcionários do Hospital Municipal de Araucária (HMA) que estão com salários atrasados e foram dispensados ou deixaram suas funções provavelmente não demorar pra ver a cor do dinheiro. A prefeitura do município e a Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, que teve o contrato de gestão do hospital rescindido, não se entendem sobre de quem é a responsabilidade pelos pagamentos.

A situação caótica no HMA foi mostrada ontem pela Tribuna. O hospital está funcionando com limitações e a população sofre com o atendimento precário. Só gestantes e pacientes em situação de emergência estão sendo atendidos. Os demais casos são transferidos, sobrecarregando o Núcleo Integrado de Saúde (NIS) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas.

A prefeitura rompeu o contrato com a Pró-Saúde na semana passada, alegando que a empresa vinha deixando faltar medicamentos, insumos e refeições para os pacientes. Além do atraso no pagamento de 430 funcionários e 123 médicos. Desde o dia 24 de julho, a administração do HMA está a cargo de outra empresa: o Instituto Bio Saúde.

A Pró-Saúde contesta as alegações e diz que é a prefeitura que não está honrando compromissos financeiros assumidos junto à empresa e fornecedores, o que é negado pela administração municipal. A Pró-Saúde afirma ainda que, devido à rescisão unilateral do contrato, cabe ao município arcar com os encargos trabalhistas dos funcionários contratados pela empresa para trabalhar no HMA.

“Com a rescisão unilateral por parte da Prefeitura, cumpre a ela arcar com os custos trabalhistas, conforme contrato assinado com a gestora”, diz nota enviada pela Pró-Saúde. “A Prefeitura de Araucária não honrou compromissos financeiros firmados com fornecedores e com a própria gestora. A entidade lamenta, profundamente, pela decisão abrupta e unilateral do governo e pela situação atual de colaboradores, corpo clínico, fornecedores e parceiros”, afirma o comunicado.

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