Estrada da Ribeira

Incêndio destrói barracão de peças usadas em Colombo

Um barracão 700 metros quadrados pegou fogo por volta das 18h desta quinta-feira (24), na Estrada da Ribeira, perto do trevo do Atuba. No local funcionava loja de peças usadas para veículos. Para tentar conter as chamas, foram necessários nove caminhões dos bombeiros. O incêndio destruiu toda a edificação.

O dono da empresa, Oldimar Miró Martins acompanhava o trabalho dos bombeiros e contou que ele e os dois filhos trabalharam até as 17h30. Passada meia hora, moradores ouviram forte explosão e, em seguida, o fogo começou a consumir o lugar. “Não sei o que pode ter acontecido, pois nem energia elétrica tinha no barracão”, disse Oldimar.

Policiais militares do 22.º Batalhão passavam pela rua de trás, quando vizinhos alertaram que uma casa pegava fogo com pessoas dentro. O soldado De Oliveira com outros dois policiais pularam o muro de cinco residências até chegar à do caseiro do barracão, Leônidas Soares da Silva. “O forro da casa pegava fogo. A família estava resistente em sair, porque queria salvar os pertences, tivemos que tirar todos à força”, relatou. O Siate atendeu família que inalou a fumaça do incêndio e em seguida foi liberada.

Desespero

Leônidas contou que assistia à TV com a esposa, filha e neta, quando sentiu cheiro de fumaça e abriu a porta. “Fiquei desesperado com a fumaça. Queria salvar tudo, mas tivemos que sair”. O homem teve que esperar o fim do combate às chamas para ver o que sobrou da casa.

Até as 21h, as equipes ainda trabalhavam para conter o fogo, com o apoio de retroescavadeira. O foco do incêndio estava na parte de trás do barracão e foi necessário quebrar a parede. A tenente Alice, do Corpo de Bombeiros, afirmou que a fumaça era muito densa e altamente tóxica. “São bancos estofados, para-choques, portas e motores. A tinta das peças, quando inflamada, faz fumaça muito escura e perigosa”, explicou.

Regiane Stelmatshuk Martins, filha de Oldimar, que trabalhava no local minutos antes, contou, emocionada, que 20 anos de trabalho foram perdidos. “Não consigo acreditar. Calculamos prejuízo de R$ 5 milhões, porque a seguradora disse que, para este tipo de mercadoria, não havia como fazer seguro”. O local era alugado e, por este motivo havia seguro para a edificação, embutido no valor do aluguel. “O jeito agora é começar do zero”.

Lineu Filho
Barracão tinha produtos como estofamentos que facilitaram a propagação das chamas.

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