Greve está marcada

Trabalhadores da construção vão cruzar os braços dia 22

Obras espalhadas por Curitiba e região metropolitana podem parar a partir da meia-noite do dia 22 de julho. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracon) decidiu em assembleia realizada na noite de ontem, com a participação de 200 trabalhadores, que se não houver uma nova proposta do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) a classe cruzará os braços por tempo indeterminado. Por enquanto, os empresários oferecem apenas o reajuste da inflação de 2013, calculado em 6,08%.

De acordo com o vice-presidente do Sintracon, Laureno Grunevald, uma nova negociação acontecerá no dia 18 de julho, pela manhã, para apresentação de uma nova proposta pelo Sinduscon. “Nós estamos otimistas, porque esta semana o sindicato patronal deu um aumento de 8,5% aos trabalhadores de Maringá e Cascavel. Esperamos que em Curitiba também termine assim”, afirma. Procurado, o Sinduscon informou que se pronunciará após a reunião.

A categoria vem reivindicando aumento salarial desde maio deste ano. Foram diversas reuniões com sindicatos de outras categorias, que mobilizaram-se para reivindicar um aumento real no salário. “Os proprietários de construtoras afirmam que a situação está complicada no mercado. Mas muitas obras estão sendo realizadas e queremos ser valorizados. Vamos ter enfrentamento e mostrar nossa força”, explica Grunevald.

Entre os trabalhadores sindicalizados estão profissionais que atuam em obras públicas e privadas, nas áreas municipal, estadual e federal. Caso haja paralisação, obras como o terminal de ônibus do Santa Cândida, um posto de saúde no Bairro Alto e uma escola, todas na capital, serão afetadas. O Sintracon abrange Curitiba e 24 municípios da região metropolitana.