Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) retornaram às atividades nesta quarta-feira (25) após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou a paralisação abusiva. Além de alguns setores da universidade terem sido afetados, o Hospital de Clínicas (HC), administrado pela entidade, também foi prejudicado pelos mais de 90 dias de greve.
De acordo com a assessoria de imprensa do HC, 138 funcionários cruzaram os braços e 38 leitos precisaram ficar inativos por não ter quem fizesse o atendimento aos pacientes. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest), em nota publicada em seu site, afirmou que o retorno às atividades é “tenta aniquilar o direito de greve da classe trabalhadora brasileira, com uma tentativa abusiva de judicialização”.
Para Larissa Piazzetta Gysi, diretora do Sinditest, o retorno às atividades já estava sendo avaliado desde a última semana, no entanto, a ordem judicial terminou por acelerar o processo. Porém, as mobilizações não terminaram. Gysi reitera que a entidade entrou com um embargo contra a liminar do STJ. “Na liminar, o Ministério da Educação (MEC) também tem que negociar, mas até agora ele não se pronunciou”, afirmou.
Caso o Sinditest não acatasse a decisão judicial, poderia ocorrer multa diária de R$ 200 mil.