Braços cruzados

Professores estaduais entram em greve a partir desta quarta-feira

Professores da rede estadual de ensino deflagram, a partir desta quarta-feira (23), uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em uma assembleia, realizada no dia 29 de março. Além da greve, os docentes irão acampar em frente ao Palácio Iguaçu como forma de protesto.

Em nota divulgada no site do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a instituição alega que a categoria vai paralisar as atividades por conta da lentidão do governo do Estado em responder demandas consideradas urgentes pelos professores, como a implementação dos 33% da hora-atividade (segundo os professores, é uma promessa de campanha), melhores condições de trabalho, fim dos descontos no auxílio-transporte para professores afastados por doença, entre outros.

De acordo com a presidente do APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, a categoria está insatisfeita com a forma que vem sendo tratada pelo governo. “O governo não cumpre uma série de reivindicações que a lei nos garante, como, por exemplo, o piso nacional para o professor. Há muitos colegas que deveriam ter recebido promoção na carreira há mais de um ano e ainda não foram beneficiados. Nós queremos apenas que o governo cumpra o que prometeu. Nossa causa é justa”, opina.

Carvalho diz também que estarão abertos ao diálogo com o governo neste período e espera ser chamada para uma nova conversa. “O governo pode falar conosco a hora que quiser. Se apresentarem uma proposta que agrade os nossos colegas, a greve acaba”.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informa que as escolas estarão abertas para professores e alunos e que acompanhará, por meio dos seus 32 Núcleos Regionais, o movimento de paralisação. O órgão contesta algumas dos pedidos dos professores, pois eles já seriam beneficiados, como o piso nacional. Segundo a Seed, o Paraná paga hoje mais de 70% do valor do piso nacional (R$ 1.697,00).

Por meio de nota, o secretário de educação, Paulo Schmidt, diz que não havia a necessidade de paralisar as atividades. “Essa conversa, esse diálogo, essas propostas independem da ideia de ter uma greve para negociar isso. Essa negociação sempre foi mantida, sempre foi conduzida em alto nível, com elevado respeito pelos dois lados e a gente espera que assim que se mantenha”.