Fatalidade

Mecânico morre esmagado por carro que estava consertando

O que seria mais um trabalho de manutenção em um carro terminou em morte na manhã de terça-feira (8) no Alto Maracanã, em Colombo. De acordo com a Polícia Civil, o mecânico Marcio Ribeiro de Lima, 35 anos, trabalhava embaixo de um Fiat Doblô, quando uma das alças de sustentação do elevador se rompeu. A parte de ferro de uma das laterais foi ao chão e o carro caiu em cima do rapaz.

Socorristas do Siate chegaram rapidamente à oficina, que fica na Rua Newton, mas Marcio morreu na ambulância a caminho do Hospital Cajuru. Nenhum dos funcionários da empresa, todos abalados, quiseram comentar o assunto.

Peritos da seção de engenharia do Instituto de Criminalística devem analisar as causas e o modo em que o acidente aconteceu. Caso seja comprovada alguma falha mecânica ou de manutenção no equipamento, a empresa pode ser penalizada. Policiais da Delegacia do Alto Maracanã investigam o caso.

Sem fiscalização

De acordo com o presidente do Sindicato das Reparadoras de Veículos do Paraná (Sindirepa-PR), não há fiscalização nas oficinas. “Não acontece porque não há regulamentação para isso. Não há um órgão que cuide, especificamente, das oficinas”, explica Wilson Bill. Segundo o presidente, uma das explicações para não haver fiscalização, está no fato de que acidentes como este são incomuns. “Raramente acontecem e, na maioria das vezes, quando ocorrem são coisas que poderiam ser evitados. Quase sempre é por imperícia de quem estava trabalhando”. Além disto, a falta de experiência também pode ser uma das causas, destaca Bill. “Estes equipamentos raramente falham, pois são bem preparados, mas neste caso, assim como em qualquer outro acidente, dependemos sempre do laudo da polícia”.

O presidente do Sindirepa-PR explica ainda que em Curitiba e região a maior parte das oficinas é ilegal. “Existem 18 mil oficinas. Destas, 4.800 possuem CNPJ e são, portanto, consideradas legais. O restante são oficinas informais”, explica Bill. Segundo o presidente, a quantidade de oficinas informais se dá por conta da burocracia para conseguir o alvará. “Muitas vezes parece que dificultam para que não seja feito o documento, por isso os donos caminham para os rumos da informalidade”.