Greves nos bancos e Correios seguem sem diálogos

As greves dos Correios e bancários passam de 10 dias e os trabalhadores continuam esperando melhores propostas, enquanto a população aguarda o retorno das atividades. Mais um banco, o HSBC, conseguiu decisão judicial para reabrir agências, mas a paralisação dos bancários segue forte. Funcionários dos Correios do Paraná estão em Brasília para tentar a negociação, mas, por enquanto, nada foi resolvido.

Segundo o Sindicato dos Bancários, são 339 agências fechadas em Curitiba e região e 788 em todo o Paraná. De acordo com o presidente do sindicato, Otávio Dias, apesar de o Itaú,o Bradesco e o HSBC terem recebido liminares favoráveis aos pedidos de interdito proibitório, apenas de 6 a 8% das agências de cada um dos bancos foi reaberta. “Quando sai a liminar as pessoas ficam meio assustadas, mas quando se observa que as decisões garantem o direito de greve dos bancários, não voltam”, afirma. Por enquanto, não há nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nem foi marcada nova rodada de negociação.

Correios

O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Jurandi Damião da Silva, conta que grupo de 40 trabalhadores foi a Brasília em busca de negociação. “Até agora não chamaram para negociar. A empresa está brincando com os trabalhadores”, afirma. “Já baixamos a pauta e até agora a empresa não deu bola. Eles estão dificultando, porque querem que os trabalhadores voltem para o trabalho sem negociação nenhuma.”

Segundo a empresa, o impacto da contraproposta enviada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) é de R$ 1,6 bilhões – o dobro do impacto da proposta atual dos Correios ( reajuste de 8% nos salários e de 6,27% nos benefícios).