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Terreno baldio no Barreirinha vira o paraíso de roedores

A pequena Rua Albino Blum, no Barreirinha, está ficando conhecida por abrigar um lixão a céu aberto em pleno bairro. O terreno, que fica na esquina com a Rua Judith Sanson Tedeschi e pertence ao catador de material reciclável Alfredo Roberto, se tornou o destino de todo o tipo de lixo. No local, é possível encontrar centenas de sacos de lixo doméstico, garrafas pet, latas de alumínio, restos de construção, peças de automóveis e partes de eletrodomésticos. Ratazanas costumam passear pelo monte lixo, segundo relatos de moradores.

Segundo a vizinhança, a situação do lixão na rua é antiga, já data de alguns anos. Uma moradora da localidade, que preferiu não se identificar, afirma que o mau cheiro é constante e a quantidade de lixo atrai ratos e insetos. “Tem muita barata na rua e elas acabam entrando dentro de casa e dá pra ver outros tipos de insetos também. Ratos são comuns por aqui. Dentro da minha casa ainda não entraram”, relata a temerosa moradora.

Outro morador já não teve a mesma sorte. Nas últimas semanas, um dos vizinhos do terreno tem observado a presença de roedores em seu quintal. “Esse dias saí pra levar o lixo e vi dois ratos correndo na minha garagem. Essa semana já fui ao mercado comprar veneno porque se deixar, esses bichos tomam conta de casa. Mas é um absurdo a gente viver ao lado de um lixão. É uma vergonha”, desabafa o morador, que também preferiu não se identificar.

Ele ainda conta que o mau cheiro em dias quentes toma conta da localidade e que quase todo o lixo no terreno é jogado por alguns moradores do bairro. “De vez em quando flagramos o pessoal vindo com o saquinho de lixo e atirando no meio da área. Sem cerimônia alguma. E assim vai acumulando e mau cheiro se espalha. Agora, nesses dias frios o fedor é menor, mas com o verão chegando vai começar o cheiro de podre em toda a vizinhança. Não sei com a prefeitura não fechou a casa e multou o dono”, indaga.

O dono do terreno, Alfredo Roberto, que mora aos fundos da área, confessa que a quantidade e o tipo de lixo acumulado no terreno saiu do controle. “Realmente tem bastante lixo, mas vai acumulando. Eu e minha família vivemos da coleta de material reciclado. Eu não deixo o pessoal jogar lixo, mas sempre tem um ou outro de que joga lixo e eu não vejo, mas fazer o que?”, lamenta.

Seo Alfredo também disse que a prefeitura já entrou em contato com ele para regularizar a situação do terreno. ‘Pessoal já veio aqui e me disseram que iam me ajudar a deixar a situação certinha. Vamos ver o que acontece. Eu estou tentando manter o terreno mais limpo. Já chamei um caminhão pra levar o excesso e aos pouco vou tentando me organizar”, afirma.

Não credenciado

Ontem à tarde, o Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura de Curitiba informou que o proprietário do referido local não entrou em contato com o Departamento para obter orientações, bem como, não é depósito credenciado para recebimento do caminhão do “Lixo que não é Lixo”. A reclamação de que o local está sendo tomado pelo lixo será encaminhada à Educação para Sustentabilidade para as devidas providências”, alertou a assessoria da prefeitura.