Terceira Hora do Mamaço agitou o Jardim Botânico

Quase 200 pessoas, entre mães, bebês e apoiadores, participaram ontem da 3ª Hora do Mamaço. O evento realizado no Jardim Botânico tem o objetivo de apoiar o direito das mulheres de amamentar em público e reforçar a importância do aleitamento materno para a saúde das crianças. No ato, mais de 50 mães amamentaram seus filhos ao mesmo tempo.

A ideia do mamaço começou em 2010, pelas redes sociais, após um incidente no Itaú Cultural de São Paulo, quando uma mãe que amamentava foi convidada a se retirar do local. A responsável pela edição deste ano em Curitiba, a advogada Aline Leal Kuss, 33 anos, mãe de Rafael, com apenas 9 meses de idade, avalia que o modo de ser do curitibano acaba diminuindo o número de incidentes deste tipo. “Comigo nunca houve problemas, e acredito que isso seja uma vantagem em Curitiba, onde o jeito reservado das pessoas acaba fazendo com que elas desviem o caminho quando uma mulher está amamentando o filho. Mas em outras cidades, há vários relatos de mães que foram interrompidas e até proibidas”.

Para Aline, o fato do filho Rafael não ficar doente está totalmente relacionado à decisão dela em priorizar a amamentação. “Antes de engravidar dele já comecei a me informar sobre tudo que se relaciona à maternidade e isso ajudou. Tive a sorte do Rafael ter facilidade em pegar o peito, mas as mães que têm dificuldade nisso pode recorrer aos bancos de leite, que dispõem de especialistas no assunto”, indica. Aline dá outra dica importante às mães que cogitam dar mamadeira para que o pai possa participar da criação do filho. “Há outras forma do pai estar presente desde o início. O meu marido ficou responsável pelo banho e é um momento sagrado deles”, destaca.

A professor de dança Isabella Isolani, que organizou as edições anteriores do mamaço, conta que a filha foi amamentada até 3 anos e meio e isso reforçou a autoconfiança dela. “Ao contrário do que muitos imaginam, achando que os filhos ficarão mais dependentes, com a questão da sucção completamente suprida, a criança se sente mais segura”, diz.