Segue R$ 2,85

Urbs diz que não mudará valor da passagem da RIT

Os 158 mil usuários diários das 81 linhas de ônibus não integradas da Região Metropolitana de Curitiba economizarão R$ 0,10 na passagem a partir da meia-noite de sábado. Segundo o governador Beto Richa, a medida anunciada ontem é fruto da isenção da cobrança de ICMS sobre o óleo diesel do transporte, anunciada pelo governo em maio e sancionada anteontem, e da redução do PIS e da Cofins, determinada pelo governo federal neste mês. Apesar das desonerações, não haverá alteração no valor da tarifa da Rede Integrada de Transporte (RIT), que atende 2,2 milhões de usuários em 13 municípios.

A diminuição da passagem das linhas não integradas beneficia 3 milhões de moradores de 18 municípios: São José dos Pinhais, Campo Largo, Balsa Nova, Araucária, Colombo, Almirante Tamandaré, Quatro Barras, Piraquara, Bocaiuva do Sul, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Quitandinha, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Contenda, Agudos do Sul e Curitiba.

Por causa da redução do ICMS do diesel usado no transporte coletivo em 21 cidades com mais de 140 mil moradores, o que atende seis milhões de paranaenses, alguns prefeitos já baixaram o valor da passagem, como Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, São José dos Pinhais, Colombo, Cascavel e Guarapuava. Em Curitiba e região, no entanto, o usuário da RIT vai continuar pagando o mesmo valor para andar de ônibus: R$ 2,85.

Cobrança

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), cobrou do prefeito Gustavo Fruet (PDT), “vigoroso rebaixamento no preço das tarifas”, alegando que a região metropolitana, além da isenção de ICMS, recebe o maior subsídio do Estado para manter a integração, o que significa mais de R$ 50 milhões em benefícios.

Mas, de acordo com a Urbs, não será possível mexer no valor porque a capital subsidia a passagem. Em nota, a gestora da RIT informa que “a redução de impostos diminui a despesa mensal para cobrir o rombo, mas não permite redução de tarifa. A atitude da prefeitura é de responsabilidade, para retomar os investimentos, a qualidade e evitar que o transporte coletivo de Curitiba volte a quebrar”.