Patrões descartam reajuste de 30% para motoristas e cobradores

Sindicatos ligados ao transporte coletivo de Curitiba e região, tanto patronal quanto dos trabalhadores não chegaram a acordo na primeira reunião para discussão das reivindicações da categoria, realizada na manhã de ontem. Os trabalhadores estão pedindo 30% de aumento, além da melhora no salário dos cobradores, para que passe a ser 60% do valor pago ao motorista. O percentual de reajuste pedido já está descartado.

O Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que o valor pedido não poderá ser atendido e que será preciso bom senso para que as duas entidades cheguem a números comuns. “O sistema está deficitário. No final do ano passado teve problema de pagamentos de 13.º salário e pelo momento que o sistema está passando tem que ter bom senso da parte de todos”, explica o porta-voz do sindicato patronal, Alexandre Teixeira.

Impacto

O porta-voz alerta ainda para o impacto que o aumento salarial vai colocar sobre a tarifa do transporte coletivo. Em dezembro, a tarifa técnica estava em R$ 2,87, e já será impactada pelo aumento do combustível, autorizado no final do mês passado. Do total da tarifa, 40% são referentes à mão de obra e 30% ao combustível. “Este é apenas o começo da negociação que vai ser dura”, acredita Teixeira.

Em nota, o Sindimoc destaca que vai marcar nova reunião, sem data agendada ainda, mas com a participação de representantes da Urbs e Comec para conseguir, ao menos, a maioria dos itens da pauta de reivindicações atendida.