Mãe de criança com autismo não consegue internar filho

A saga de Luciane Ferreira de Oliveira para conseguir internar o filho de 12 anos, que tem autismo e há dois tem crises fortes de agressividade, ainda não acabou. A mãe continua a peregrinação pelo Centro de Atendimento Psicossocial e Unidades Municipais de Saúde 24 horas e hospitais.

Depois de enfrentar 8 horas de viagem entre a noite de segunda-feira e madrugada de ontem, Luciane teve negado o internamento do filho em hospital de União da Vitória. Foi na cidade na divisa com Santa Catarina que a Secretaria Municipal da Saúde conseguiu vaga para o menino. Mas o hospital, alegando não ter condições para atender o caso quando se deparou com o menino, dispensou o paciente.

“Nunca passei tanto medo na minha vida. Viajei com ele em crise na ambulância do Samu. A mãe não consegue voltar para a casa desde segunda-feira. No final da tarde de ontem, a secretaria conseguiu vaga no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, mas para a manhã de hoje. A noite do menino e da mãe foi no CAPS Centro Vida.

Tratamento

Mesmo Luciane e o filho tendo sido dispensados do mesmo estabelecimento na segunda-feira, a Secretaria da Saúde assegura que o menino terá tratamento e tudo está acertado com o hospital. A justificativa para a demora no internamento é a falta de leitos infantis e juvenis. São cinco leitos na cidade. Porém, a capacidade de atendimento deve ser ampliada nos próximos meses. Até a primeira quinzena de fevereiro, a prefeitura encerra a reavaliação da rede de saúde mental para buscar a ampliação do número de leitos.

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