Ônibus urbano já não resolve mais excesso de carros

Uma coisa parece óbvia para o velho engenheiro: a solução para o problema de transporte coletivo em Curitiba passa pela adoção de um sistema de deslocamento em massa de pessoas mais eficiente, rápido e que comporte volume maior de usuários que o atual – baseado exclusivamente em ônibus e considerado esgotado. Como avião e navio não entram nesta briga, somente um metrô daria conta do recado. Aí é que começa o problema: que tipo de metrô?

Cornelsen acha que o trem subterrâneo não é indicado para Curitiba, além de ser exageradamente mais caro. “O nosso solo não favorece este tipo de solução. Os usuários iam correr o risco de morrer afogados”, diz ele, entre um pouco de exagero e um pouco de ironia, para ilustrar as peculiaridades do solo curitibano, poroso e com rios subterrâneos.

As duas alternativas restantes são: o metrô elevado de custo dez vezes maior que o metrô de superfície (a outra opção), pelo menos no levantamento feito à época. Conspira contra o metrô elevado ainda o fato de que este dinheiro seria gasto para cobrir apenas um quinto da área prevista pelo metrô de superfície. Por exclusão, a solução acaba sendo a terceira opção. Cornelsen acha que embora a cidade tenha crescido em área e em número de moradores, o projeto feito em 1985 ainda se aplica a Curitiba de 2013, pelo menos em suas linhas gerais. O estudo de 1985 foi supervisionado pelo engenheiro eslovaco Peter Paulicheck, responsável pelo projeto de recuperação social da linha de carga de Lisboa. Uma solução que, segundo o engenheiro, deu muito certo por lá.

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