Copel busca solução para o acordo coletivo

Funcionários da Copel discutem a proposta da empresa para o acordo coletivo da categoria. Assembleias serão realizadas em todo o Estado até a primeira quinzena do mês que vem, organizadas pelos 17 sindicatos que representam os colaboradores, que oferece apenas a reposição da inflação do último ano, sem aumento real.

No caso do Sindicato dos Eletricitários do Paraná (Sindelpar), as assembleias vão até o próximo dia 9, quando serão abertas as urnas com os posicionamentos dos trabalhadores. “A Copel ofereceu a reposição da inflação, mas reivindicamos 3% de aumento real”, afirma o presidente do sindicato, Paulo Sérgio dos Santos. De acordo com o sindicalista, a categoria pode parar por 24 horas no dia 22 de novembro como forma de alerta.

Diretoria

O blog Coletivo Copel, que reúne outros sete sindicatos que representam funcionários de diferentes categorias na empresa, informa que os diretores da Copel teriam tido aumento nos salários nos últimos dois anos superior ao que foi ofertado aos funcionários. Um dos textos cita que o reajuste teria sido de 60% entre 2010 e 2012. “Não posso afirmar que foi neste percentual, mas houve aumento para a direção. O que a empresa tem apresentado é um cenário desfavorável para o aumento maior aos funcionários. Nós não concordamos. Há dificuldades sim, mas os empregados não podem responder por isso”, comenta Santos.

Estatal nega alta de 60%

Em nota, a Copel afirma que a proposta para a renovação do acordo coletivo de Trabalho contempla, “de forma satisfatória as principais reivindicações da categoria”. A proposta foi feita dentro das condições da empresa, sem comprometimento diante dos cenários atuais e projetados para o setor elétrico.

A companhia nega aumento de 60% aos diretores da Copel nos últimos dois anos. Segundo a estatal, os diretores receberam reajuste de 7,3% em setembro de 2011 e outros 2,78% em fevereiro deste ano. O próximo aumento para a direção será. em abril. A empresa esclarece que a remuneração dos diretores é fixada pelo conselho de administração e não é submetida pelo acordo coletivo para os funcionários.

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