Mais servidores federais estão parados no Paraná

O movimento nacional dos servidores públicos federais ganhou ontem a adesão de mais duas categorias, com reflexos no Paraná. Os auditores-fiscais da Receita Federal deram início a uma operação padrão e os funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) declararam greve por tempo indeterminado.

A mobilização dos fiscais da Receita pode atrasar a liberação de restituições do Imposto de Renda e causar transtorno nas fronteiras. “Nas alfândegas, será feita avaliação rigorosa de mercadorias e documentação. Nos escritórios, os funcionários farão apenas consultas ao sistema, mas sem encerrar ou encaminhar processos, nem liberar declarações na malha fina ou restituições”, diz Marcelo Soriano, presidente do Sindifisco-PR. Os servidores da Receita pedem reajuste salarial de 30%.

No Incra, 60 dos 150 funcionários no Estado cruzaram os braços no primeiro dia de paralisação. “Queremos reposição salarial imediata de 22% e a recomposição da força de trabalho do Incra. Em 1985, haviam 65 mil assentamentos e 9.500 servidores. Hoje, são mais de um milhão de assentamentos e cerca de 5.700 funcionários”, cita o diretor da Associação dos Servidores do Incra do Paraná (Assincra-PR), João Wagner.

Os professores das universidades federais foram os primeiros a parar. O governo cancelou a reunião de hoje para discutir a reformulação do plano de carreira, alegando que não teria condições de apresentar proposta. Ontem, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) anunciou o início de uma greve geral por tempo indeterminado.

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