Acadêmicos criam projeto que facilita mobilidade

Dois estudantes paranaenses foram premiados num dos mais importantes concursos de inovação do País. Com a construção de pequeno carro adaptado à cadeira de rodas, Lucas Fernando Armstrong e Cesar Augusto Cândido Zardo, acadêmicos do curso de Design da Universidade Federal do Paraná, ficaram em terceiro lugar no Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio.

O projeto trata de carro elétrico que pode se adaptar à cadeira de rodas oferecendo ao portador de necessidades especiais maior mobilidade e autonomia para se locomover nas ruas. Se precisar entrar em prédio ou qualquer lugar fechado, a cadeira se solta facilmente do veículo.

A ideia surgiu na disciplina de Projetos, quando o professor Ken Flávio Ono Fonseca, orientador da ideia premiada, exigiu um trabalho no qual fosse desenvolvido o produto sem apelo comercial e fosse voltado à questão social. Nesse momento, Lucas e César pensaram em desenvolver a cadeira de rodas com maior mobilidade. “Trata-se de produto feio, sem inovação alguma e não é objeto de desejo de ninguém”, diz Lucas.

Mobilidade

O processo de desenvolvimento começou de maneira curiosa. A dupla de universitários procurou a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP) e percebeu que a maior dificuldade dos portadores de necessidades especiais é a falta de mobilidade urbana. “Durante dois dias usamos a cadeira de rodas para identificar os principais problemas dos cadeirantes quando se locomovem pelas ruas. A partir daí desenvolvemos todo o projeto”, relata Lucas.

O carro elétrico tem motores elétricos que facilitam e agilizam a locomoção. Além disso, o veículo tem bagageiro e sistema que pode aumentar a altura da cadeira em 25 centímetros. Como o carro e a cadeira foram fabricados com alumínio, o peso reduziu 50%, proporcionando maior resistência ao equipamento.

Tecnologia pro futuro

Para o professor Ken Flávio Ono, o projeto mostra como a atividade do design é importante para o desenvolvimento de novas tecnologias. “Muita gente acredita que design só é fazer coisas artísticas e bonitas, quando na verdade o nosso foco é pensar e fazer produtos mais práticos e que ajudem a sociedade de alguma maneira”.

O projeto já está em fase de patenteamento e os estudantes querem que se torne um produto disponível aos clientes em pouco tempo. “É um projeto futurista, mas deve ser adaptado à realidade do mercado. Mas é uma área que necessita de inovação e tentamos contribuir”, conta Lucas.

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