Funcionários da fábrica da Fiat ameaçam entrar em greve

Funcionários da fábrica da Fiat em Campo Largo, que produzem motores 1.4 e 1.6 para os veículos da marca, ameaçam entrar em greve a partir da próxima terça-feira caso as negociações salariais não avancem. Os trabalhadores reivindicam aumento de 12%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 12 mil, abono de R$ 2 mil e vale alimentação no valor de R$ 250,00. Já a empresa oferece aumento de 8% no salário, PLR de R$ 4 mil e vale alimentação de R$ 220,00, sem o abono.

De acordo com o presidente do Sindicato das Montadoras de Chassis, Veículos e Motores de Campo Largo (Sindimovec), Adrian Carlesso, a proposta da montadora não foi apresentada oficialmente. ‘Esperamos mais da Fiat. Temos até terça-feira para que seja apresentada uma proposta aprovável por nós‘, disse. A ideia é evitar que o acordo firmado no Paraná seja menor do que a negociação de Betim (MG), onde a Fiat possui outra unidade.

Uma assembleia com os trabalhadores estava agendada para a manhã de ontem, mas a empresa solicitou que a negociação fosse retomada na próxima semana. Para Carlesso, esta foi uma estratégia para adiar o início da paralisação e também coagir os 340 funcionários. Além disso, o presidente do sindicato afirma que sete trabalhadores foram demitidos na semana passada e 15% do quadro está em férias. ‘Estes são sinais de que a empresa enfrenta algum problema ou é uma forma de deixar todos com medo, para que aprovem uma negociação boa para a empresa‘, avalia. A assessoria de imprensa da Fiat informou que a negociação continua em andamento, sem nenhuma tensão com os colaboradores.

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