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Fim da sinalização do radar não será adotado agora

Curitiba não deve eliminar prontamente a sinalização dos radares eletrônicos com o fim da obrigatoriedade. A informação é do futuro secretário municipal do trânsito, o advogado Marcelo Araújo.

Na avaliação do especialista em trânsito, mesmo com a publicação da Resolução 396 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que entre outras medidas derrubou essa exigência, qualquer mudança radical pode gerar mais confusão entre os motoristas e comprometer ainda mais o trânsito nas cidades.

“Esse condicionamento que o motorista possui em reduzir a velocidade assim que visualiza a sinalização pode se perder em uma mudança radical, pois a aplicabilidade dessa lei não pondera questões comportamentais”, analisa Araújo.

“A mera retirada não acrescenta qualidade ao trânsito e pode, inclusive, agravar o número de acidentes pela confusão que gera no motorista condicionado a encontrar o aviso do radar eletrônico”, complementa.

Outro aspecto que o advogado considera questionável sobre a nova resolução é a regulamentação para fiscalizar a velocidade mínima que, ao contrário da máxima, necessita de critérios subjetivos.

“A resolução estabelece que a velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida, sem fazer distinção quanto ao tipo de via, seja ela rodovia, via rápida, arterial, coletora ou local. Na prática, ela exige do motorista conhecimentos de engenharia de trânsito desatualizados, já que a classificação de muitas vias ainda está sobre os critérios do Código de Trânsito de 1966”, critica. Tal mudança requer ainda aumento de efetivo, já que a fiscalização eletrônica não contempla todas as situações.

Novos radares

O futuro responsável pela recém-criada Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), Marcelo Araújo, diz que ainda é muito cedo para falar em novos radares para a cidade.

“O contrato com a empresa que aluga os radares vai até fevereiro. Depois precisamos avaliar a viabilidade de comprar os equipamentos, para que mais adiante possamos pensar nos trechos fundamentais para instalá-los”, diz. Tudo isso, no entanto, depende do quanto será o orçamento da nova secretaria.

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