Maringá

Vigilância Sanitária encontra 860 quilos de carne estragada na UEM

A Vigilância Sanitária de Maringá, no norte do Paraná, apreendeu, ontem à tarde, pouco mais de 836 quilos de carne com data de validade vencida acondicionada em uma câmara fria do restaurante da Universidade Estadual de Maringá (UEM). “Ela tem características que indicam claramente que não pode ser consumida”, disse o veterinário da Vigilância Sanitária, Eduardo Alcântara Ribeiro.

O órgão instaurou um processo administrativo que pode culminar com aplicação de multa à instituição de ensino. Ribeiro disse que a Vigilância Sanitária foi alertada por uma denúncia anônima e, ao verificar, houve surpresa pela grande quantidade. Havia 656,2 quilos de bisteca e 180,4 quilos de costela bovina.

Segundo ele, parte dos produtos tinha data de validade para o dia 13 de setembro e outra parte para 10 de outubro. “Não havia nenhuma identificação de que seria dada uma destinação correta ao produto”, disse. A carne apreendida permanece sob a guarda da universidade. O processo de inutilização será acompanhado pela Vigilância. A UEM tem 15 dias para apresentar sua justificativa no processo instaurado.

A pró-reitora de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários, Sônia Lucy Molinari, admitiu que houve vários erros que levaram ao acionamento da Vigilância Sanitária.

Segundo ela, normalmente a instituição compra carne congelada, mas desta vez veio resfriada, o que reduz o prazo de consumo para sete dias. No entanto, a maior parte foi embalada no dia 3 de outubro e entregue somente no dia 13, quando já tinha vencido a validade.

“Os servidores receberam e somente verificaram que estava vencido quando foram acondicionar na câmara fria”, disse.

No entanto, eles teriam feito o acondicionamento sem qualquer comunicado à administração. “Não houve nenhum consumo e temos as notas fiscais da compra que mostram ser o mesmo volume”, afirmou a pró-reitora.

De acordo com ela, a universidade entrou em contato com o fornecedor, que se comprometeu a ressarcir a instituição. A UEM também instaurou um processo administrativo para ouvir os servidores envolvidos. “Qualquer punição será feita de acordo com o que prevê o estatuto do servidor”, acentuou Molinari.