Ippuc digitaliza antigos projetos do Plano Agache

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está digitalizando todo material arquitetônico do Plano Agache (plano urbanístico feito para Curitiba, na década de 1940, pela equipe do arquiteto Alfred Agache). No material estão cerca de 300 mapas e desenhos do primeiro trabalho de planejamento urbano da cidade, além de uma publicação sobre o trabalho de Agache.

Com a digitalização, o Ippuc espera contribuir para divulgação do primeiro plano urbanístico da cidade. O material digital deverá ficar pronto no fim do ano, e cópias serão distribuídas para universidades e bibliotecas públicas.

“É uma relíquia em termos de planejamento urbano e de memória urbana. Esperamos que mais pessoas conheçam o Plano, ou ao menos saibam da existência dele”, diz o Supervisor de Informações do Ippuc, Lourival Peyerl.

Acervo

A digitalização também é uma maneira de preservar melhor o material, já que evita a manipulação das pranchas no formato A1. Todas são desenhadas à mão, detalhando ruas, rios, áreas verdes da cidade numa época que Curitiba tinha 140 mil habitantes.

Agache era consultor técnico da empresa Coimbra Bueno & Cia. Ltda., do Rio de Janeiro, contratada pela Prefeitura de Curitiba em 1941 para elaborar um plano urbanístico que ficou conhecido também como “Plano das Avenidas”, pois previa a implantação de grandes avenidas circulares, a partir do centro.

Outra ideia defendida é a setorização da cidade. Entre os centros funcionais propostos por Agache, temos a Cidade Universitária. Neste local, em 1961, foi inaugurado o Centro Politécnico, um dos campus da Universidade Federal do Paraná; o Centro Cívico entre outros.

Inaugurado em 1972, o Parque Barigui era um dos parques propostos no plano. O Viaduto do Capanema, o primeiro de Curitiba, fazia parte das soluções viárias apresentadas pela equipe de Agache.

Importantes avenidas como Nossa Senhora da Luz, Wenceslau Braz, Arthur Bernardes e Presidente Kennedy têm a marca do Plano Agache. “De uma forma ou de outra temos marcas de Agache pela cidade”, avalia Peyerl.