Crea alerta para manutenção de ar condicionado

O verão se aproxima e muita gente já começa a pensar em comprar um aparelho de ar condicionado pra refrescar a casa ou o ambiente de trabalho. Porém, após a aquisição do equipamento, alguns cuidados devem ser tomados para que ele possa manter a qualidade do ar do ambiente e não se tornar viveiro para microorganismos nocivos à saúde, como bactérias, fungos, protozoários e outros agentes biológicos.

“Aparelhos de ar condicionado que não passam por manutenção periódica podem desencadear crises de rinite, bronquite, infecções respiratórias, pneumonia e até fibrose pulmonar, que é uma doença bastante grave”, comenta o médico pneumologista do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), João Adriano de Barros.

Para evitar problemas, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) alerta que a manutenção dos aparelhos deve ser periódica.

“Poucas pessoas sabem que a falta de limpeza ou manutenção correta nos sistemas e aparelhos de ar condicionado pode comprometer a saúde dos usuários e também afetar a durabilidade dos equipamentos”, informa a entidade.

Segundo o engenheiro mecânico do Crea-PR, José Carlos Wescher, a limpeza de sistemas de ar condicionado individuais deve ser feita por profissional habilitado, a cada três meses. Já a de sistemas presentes em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo -como, por exemplo, shoppings e bancos – deve ser mensal.

Exigências

“A Vigilância Sanitária exige que alguns cuidados sejam tomados em relação aos sistemas de uso coletivo. Geralmente eles são maiores, ficam ligados por mais tempo e, por isso, necessitam de manutenção mais constante. Além de prevenir problemas de saúde, a limpeza e manutenção fazem com que os equipamentos funcionem em condições favoráveis, gastem menos energia e tenham maior vida útil”, afirma Wescher.

A cada seis meses, sistemas presentes em locais de uso coletivo também devem passar por avaliação maior. O engenheiro explica que é preciso que sejam realizados diversos tipos de testes, como análise de bioaerosol, concentração de dióxido de carbono, determinação da temperatura, umidade e velocidade do ar e concentração de aerodispersóides.