Saúde orienta sobre prevenção à dengue

Técnicos do Programa Municipal de Controle da Dengue percorrem nesta sexta-feira (12) e sábado (13), das 8h30 e 21 horas, as áreas de embarque estadual e interestadual da rodoviária para orientar os viajantes sobre cuidados para evitar a dengue. O objetivo é evitar que os moradores de Curitiba se contaminem com o vírus da dengue em outras cidades onde a incidência da doença é maior.

Apesar de Curitiba não registrar casos locais de dengue, esse ano a doença já afetou 62 moradores da cidade, que foram picados pelo mosquito Aedes aegypti em viagens de lazer ou trabalho. Em razão disso o número de casos importados é mais de 10 vezes superior ao registrado em 2009 pela Secretaria Municipal da Saúde. O aumento reflete o comportamento da doença no Brasil, que segundo o Ministério da Saúde evoluiu 91% com relação ao ano anterior.

“Estamos insistindo com quem vai viajar para que não esqueça que, se Curitiba até hoje não tem casos locais de dengue, é graças à parceria da população com a Secretaria Municipal da Saúde. Fora daqui a doença é mais comum do que se pensa”, alerta o veterinário Eric Koblitz, do Programa de Controle da Dengue.

Nas abordagens da equipe o recado chega numa conversa com os técnicos e nos folhetos que orientam a usar repelente, roupas que cubram principalmente as pernas e a se hospedar em locais com telas de proteção nas janelas – ou seja, fazer o possível para dificultar a ação do inseto vetor da doença. “São dicas úteis para aproveitar o passeio com segurança”, completa Koblitz.

Pesquisa

Por causa da repetida ocorrência de chuvas na cidade nessa semana, o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) se estenderá até a próxima semana. A ideia inicial da pesquisa, iniciada no dia 3, era finalizar o levantamento nesta sexta-feira (12).

O LIRAa é a sondagem que possibilita o mapeamento dos focos de dengue na cidade. Agentes de saúde visitam as casas, condomínios residenciais e comerciais, indústrias e estabelecimentos de prestação de serviços para identificar os focos. O ideal é que o resultado fique abaixo de 1%. Curitiba atende a essa recomendação, registrando índice zero na última pesquisa.

Nas inspeções são examinados jardins, quintais, garagens, depósitos, bebedouros de animais e ralos. O objetivo é identificar a presença de focos do mosquito, cujas larvas precisam de água parada e limpa para se transformar em insetos adultos, e orientar os responsáveis para que eliminem essas condições do ambiente.

Essa é a quarta e última etapa anual do LIRAa e envolve 150 agentes identificados por crachá, que estão percorrendo 23.677 imóveis localizados em 3.050 quarteirões espalhados pela cidade.