Barulho atormenta vizinhança de frigorífico

O barulho do frigorífico Frigo Prata, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está tirando o sono da família de Jefferson Gonçalves dos Santos. Literalmente. Vizinho da empresa, Santos sofre há dois anos para dormir à noite por causa dos ruídos das câmaras frigoríficas.

“O frigorífico emite ruídos sonoros intermitentes 24 horas por dia. Durante a noite e a madrugada o barulho é muito alto, perturbando o sono e atrapalhando a qualidade de vida da minha família. Entrei em contato com os responsáveis do frigorífico e eles não concordam em fazer um isolamento acústico para sanar o problema”, reclama o morador do local. Sem acordo, ele recorreu à prefeitura, ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e ao Ministério Público Estadual (MPE) para tentar resolver o problema. Até agora, nada foi feito. “Durmo com algodão no ouvido. Vender o imóvel eu não vou, moro aqui há 30 anos”, diz.

Apesar de ter feito reclamação formal pelo site da prefeitura, Santos não teve retorno. “Representantes da Secretaria do Meio Ambiente foram até o local, deram uma olhada, mas não fizeram a medição e tudo continuou como estava”, relata. A Secretaria de Meio Ambiente disse não ter localizado a denúncia do morador no sistema de registro do município, mas que se houver reclamação, uma equipe realiza a medição noturna do ruído, em qualquer horário.

Além do problema com a poluição sonora acusada por Santos, a empresa está operando sem licença da vigilância sanitária. No fim de maio, uma equipe da vigilância sanitária esteve no local e foi impedida de entrar. Agora, a prefeitura abriu um processo contra a empresa, que tem dez dias para apresentar defesa e receber novamente a visita da vigilância sanitária.

O IAP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que existe uma portaria que proíbe a fiscalização do órgão no período da noite. Somente em casos de blitz é feita a medição noturna e, quem precisar do serviço, deve ligar para a guarda municipal ou para a prefeitura.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com os responsáveis pelo frigorífico.