Pesquisa mostra que curitibanos se embriagam pouco

Curitibanos são os que menos consomem bebida alcoólica em excesso, em comparação com habitantes das outras capitais brasileiras. Por outro lado, eles ocupam o terceiro lugar na proporção de fumantes, aponta a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

Enquanto 18,9% da população brasileira admitiram exagerar na bebida, índice que cresceu nos últimos três anos, 13,9% dos curitibanos disseram exceder no álcool.

O Ministério da Saúde considera excesso de bebida alcoólica cinco ou mais doses na mesma ocasião em um mês, no caso dos homens, ou quatro ou mais doses, no caso das mulheres.

“Historicamente Curitiba demonstra essa porcentagem baixa, mas há uma tendência de consumo crescente entre os jovens”, ressalta a responsável pelo Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Curitiba, Karin Regina Luhm. O maior índice foi verificado em Salvador, onde um quarto da população admitiu exagerar no álcool.

Entre os homens é mais frequente o descontrole com a bebida e, principalmente, entre os jovens de 18 a 24 anos, o que é considerado preocupante pelo Ministério da Saúde, por ser fator de risco para acidentes de trânsito, violência e doenças.

Para frear o consumo de álcool, o Ministério da Saúde apoia medidas restritivas como a proibição da propaganda de cervejas, cujo projeto tramita no Congresso Nacional, e a elevação no preço das bebidas.

Fumantes

A Região Sul lidera o ranking com mais fumantes no País. Curitiba ficou em terceiro lugar, com 19,3% de fumantes, atrás de Porto Alegre (22,5%) e Florianópolis (20,2%). Karin lembra que a pesquisa foi feita antes de a Lei Antifumo entrar em vigor.

“É um desafio. Nos últimos anos temos feito um trabalho intenso antitabagismo e talvez a gente possa ver algum impacto da Lei Antifumo na pesquisa do ano que vem (os dados são divulgados anualmente)”, acredita.

No Brasil a proporção de fumantes caiu de 16,2% para 15,5% em quatro anos. Em 1989, mais que o dobro dessas pessoas fumava. “O Brasil é um dos países com maior êxito na campanha de combate ao tabagismo. Foi uma queda expressiva no número de fumantes em um tempo muito curto”, enfatiza a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta.

A pesquisa também mostrou que quase a metade da população brasileira principalmente homens – tem excesso de peso, índice que cresce ano a ano. Os obesos são 13,9% da população.

Segundo o MS, além de fatores genéticos, uma vida sedentária e alimentação inadequada são os responsáveis por esse resultado. Entre as mulheres, a obesidade aumenta mais de três vezes do grupo etário de 18 a 24 anos (6,2%) para 55 a 64 anos (21,3%).

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