O programa 190, da CNT, estava sendo transmitido ao vivo, com um repórter ao lado da catedral, no momento do acidente com um ligeirinho Colombo-CIC que deixou dois mortos na última quinta-feira (10), no centro de Curitiba. O repórter Jotapê presenciou o clima de desespero que tomou conta dos transeuntes. Durante o vídeo, as pessoas que estão acompanhando o programa se viram para ver o que está acontecendo. Logo em seguida, dá para ouvir o estrondo causado pelo impacto do ônibus com a loja Pernambucanas.
“Fiquei muito assustado. Foi um barulho realmente muito forte. Todo mundo se desesperou e saiu correndo, rapidamente se reuniram centenas de pessoas na praça”, conta Jotapê.
O repórter lembra que o estrondo foi tão alto, que na hora imaginou que o barulho parecia ser de uma bomba ou até mesmo de um avião caindo.
O ônibus bateu na lateral de um táxi, furou o sinal vermelho e colidiu contra um automóvel antes de entrar na calçada, destruir uma parada de ônibus e bater na loja de departamentos. Duas pessoas morreram: o técnico do Teatro Guaira Edison Pereira da Silva, de 56 anos, e o aposentado Carlos Alberto Fernandes Brantes, de 63 anos. Outras 32 ficaram feridas.
Internadas
Duas mulheres, uma delas socorrida por um helicóptero, continuam internadas. Maria Inês Marcondes, de 42 anos, e Claudete Pimentel Silveira, de 30 anos estão estáveis, mas ainda sem previsão de alta.
Claudete fraturou duas vértebras e ainda fará exames para saber se haverá necessidade de cirurgia. Com restrições de mobilidade devido às lesões, ela permanece internada no Hospital Angelina Caron. Maria Inês está em observação no Hospital Cajuru para se recuperar das cirurgias pelas quais passou após ter fraturado as duas pernas.
Investigações
Três testemunhas ouvidas no dia do acidente confirmaram que o ônibus estava desgovernado, como afirmou em depoimento o motorista, José Aparecido Alves. O prefeito Luciano Ducci determinou que a Urbanização de Curitiba (Urbs) investigue o acidente, o que será feito depois que seja concluído o laudo do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran). O ligeirinho, de acordo com a Urbs, estava com a vistoria obrigatória em dia.