Aterro

MP confirma ampliação ilegal da Caximba

Moradores que vivem perto do aterro da Caximba, em Curitiba, denunciaram ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) uma suposta ampliação ilegal da área onde o lixo é depositado, feita pela prefeitura de Curitiba. Munidos de imagens, os moradores mostraram que a área com lixo se estende até a vegetação ao entorno do aterro.

O procurador de Justiça Saint Clair Honorato Santos confirmou que, pelas imagens, não é só a reconformação geométrica do local que está sendo feita, mas sim uma ampliação. “São espaços que não estavam sendo utilizados até então, inclusive a estrada que margeava o aterro para depositar o lixo”, informou. A reconformação foi autorizada judicialmente para esta fase final da Caximba, que se estende até 1º de novembro. Depois desse prazo, o aterro deve ser fechado definitivamente.

Com as informações e as fotos repassadas pelos moradores, o procurador oficiou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pedindo um posicionamento sobre a denúncia.

Em resposta, a prefeitura de Curitiba informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que nenhum tipo de obra além do que foi aprovado pelos técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) dentro do projeto de reconformação está sendo feito na Caximba. A prefeitura também desconhece a denúncia dos moradores.

Novos locais

A prefeitura de Curitiba informou que até semana que vem deve ser publicado o edital de credenciamento para as empresas interessadas em participar do processo que vai escolher os aterros sanitários privados da região que vão receber temporariamente os resíduos sólidos de Curitiba e Região Metropolitana a partir de novembro. O pagamento é feito por tonelada de lixo depositada.

A alternativa vai valer até que se consiga resolver os impasses para implantação do Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar), que propõe uma nova tecnologia para tratar o lixo de boa parte da região.