A saúde pública de Curitiba tem problemas, mas está com sua qualidade acima da média de outras capitais brasileiras. Foi o que afirmou ontem, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Tadeu Seidel Bernardina.
Os temas envolvendo a saúde pública na capital estão sendo discutidos na 10.ª Conferência Municipal da Saúde, cujo tema principal deste ano gira em torno dos 20 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), na capital.
“Como fazemos comparações com outras capitais, constatamos um crescimento muito forte e de boa qualidade no serviço de saúde pública de Curitiba nos últimos nove anos. Além disso, visualizamos muitas pessoas de cidades vizinhas que vêm para Curitiba em busca de serviços prestados em postos 24h e unidades de emergência”, revela o presidente.
A principal carência do SUS, não apenas em Curitiba, mas em todo o Brasil, é a prestação dos atendimentos específicos. Para Bernardina, o problema das especialidades está na grande diferença do valor pago por uma consulta particular em relação a uma consulta dentro do SUS.
“Áreas como a cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e neurologia são as mais carentes de profissionais. São especialidades com menos oferta no mercado de trabalho. Em alguns casos, por exemplo, chegam a faltar profissionais dessas áreas no sistema particular”, revela.
É para gerar discussões que tragam soluções para esses problemas que está sendo realizada a conferência na capital. “Com a conferência, estabelecemos diretrizes para o controle social e prestação de serviço para a saúde do cidadão. A conferência propõe discussões que trazem evolução na saúde pública em Curitiba”, explica o presidente.
Hoje, durante a conferência, o conselho irá apresentar a situação da saúde em Curitiba. Amanhã, serão votadas propostas de usuários, trabalhadores, prestadores de serviços e gestores do SUS Curitiba, para criação e composição do novo conselho. Todos os eventos acontecem no Colégio Estadual do Paraná, na Avenida João Gualberto, 250, Alto da Glória, em Curitiba.