Transporte alternativo

Dia Sem Carro teve adesão de 120 mil motoristas

Cerca de 120 mil motoristas curitibanos optaram por deixar seus carros em casa ontem e utilizar o transporte alternativo, como forma de contribuir com a campanha Dia Sem Carro. Dentre eles estava o prefeito Beto Richa (PSDB), que procurou dar o exemplo indo trabalhar de ônibus.

Para chegar à prefeitura, ele foi até a estação-tubo Paulo Gorski, na Rua Heitor Alencar Furtado, e pegou um ônibus da linha Centenário/Campo Comprido até o terminal Campina do Siqueira.

Lá, embarcou no Inter 2 e foi até o Centro Cívico, desembarcando na estação-tubo Assembleia e caminhando até a prefeitura. Todo percurso teve cerca de uma hora de duração.

“A intenção do Dia Sem Carro é promover uma reflexão entre os motoristas e mostrar que, pelo menos uma vez ou outra, é possível deixar o carro em casa e encontrar formas alternativas de transporte”, afirmou o prefeito.

Segundo Richa, caminhar, utilizar bicicleta ou o transporte coletivo em deslocamentos diários é mais saudável, contribui com a melhora da qualidade de vida na cidade e com o meio ambiente, em função da redução na emissão de gases poluentes.

Em seu trajeto de casa até o trabalho, o prefeito conversou com usuários do transporte coletivo e aprovou o funcionamento do mesmo, embarcando em ônibus pouco lotados e encontrando o terminal Campina do Siqueira com movimento mediano. Ele também revelou que a prefeitura está investindo para que os moradores da capital encontrem incentivos para deixarem o carro em casa todos os dias.

A opinião do prefeito é compartilhada pela do auxiliar administrativo Carlos Poncio. Para ele, o Dia Sem Carro representa a preocupação dos que aderiram à campanha com o meio ambiente.

“O Dia Sem Carro também nos leva a pensar melhor sobre o cotidiano da cidade aliado à enorme frota de veículos em circulação atualmente”, afirmou Poncio, que sempre vai ao trabalho de ônibus mesmo tendo carro.

Já para Onardeles Ferreira, que utiliza seu veículo todos os dias para ir ao trabalho, o Dia Sem Carro é uma campanha difícil de emplacar na capital. “Os curitibanos estão acomodados com o conforto do automóvel. Ainda mais em dias chuvosos como hoje (ontem). Muitos já viraram dependentes dos carros”, disse.

“O Dia Sem Carro trouxe mais caos ao centro, pois de nada adianta o bloqueio de algumas ruas. A medida deve ser mais rígida: proíbe a circulação dos carros ou libera totalmente”, opinou o comerciante Joaquim Xavier de Souza, que estava na esquina da Marechal Floriano Peixoto com a Marechal Deodoro, no Centro.

Ontem, por conta da chuva, a liberação das ruas bloqueadas e as atividades previstas pela prefeitura foram encerradas mais cedo, às 17h, em vez das 20h. “A liberação aconteceu mais cedo, pois já tínhamos alcançado nosso objetivo que era conscientizar as pessoas a deixar o carro em casa, logo de manhã, e utilizar outros meios de transporte. Por conta da chuva, também optamos por encerrar mais cedo as atividades realizadas nas ruas bloqueadas”, explicou a diretora de trânsito da Urbs, Rosangela Batistela.