Pandemia

Paraná registra maior taxa de mortalidade de gripe A no País

Os casos de gripe A (H1N1) em Curitiba estão estáveis e com tendência a diminuir, segundo o secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci. Há 10 dias são registradas reduções nos atendimentos nas unidades de saúde, assim como internações e pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O panorama da doença na capital paranaense foi apresentado ontem pela equipe municipal de saúde na Câmara de Vereadores. “Nas próximas semanas é possível que haja um acréscimo no número de atendimentos por causa da volta às aulas, mas por excesso de zelo e cuidado dos pais e professores com os alunos”, estima o secretário.

Das 55 mortes registradas até agora na região de Curitiba, 30 são de moradores da capital. Menos da metade deles apresentava doenças pré-existentes. Do total de vítimas fatais, uma era gestante e uma era uma mulher que tinha acabada de ter um bebê.

A média de idade das pessoas que morreram em Curitiba é de 36 anos. Outras 29 mortes da cidade ainda estão sob investigação, à espera de exame laboratorial.

A maior concentração de óbitos ocorreu na segunda quinzena de julho e a mais recente morte na cidade foi registrada no dia 11. O pico na procura por consultas médicas referentes à gripe foi na última semana de julho.

Só no dia 30, foram mais de 5,2 mil consultas a média, até então, era de cerca de 2 mil. Os internamentos reduziram de 207, no último dia 6, para 163 na última segunda-feira. “O vírus vai continuar entre nós e vamos ter que aprender a conviver com ele”, afirmou Ducci.

Do total de casos de gripe na cidade, 80% já são de H1N1. Como não é possível ter o número exato de infectados pela nova gripe em Curitiba, já que os exames são feitos somente em casos graves ou de óbitos, o número de pessoas notificadas com o novo vírus já é de 3.009. Dessas, 54% são de pessoas da faixa dos 20 aos 39 anos os adultos jovens.

Câmara

Foi confirmado ontem o primeiro caso de gripe suína na Câmara de Vereadores de Curitiba. O vereador Dirceu Moreira (PSL) está internado no Hospital Nossa Senhora das Graças e passa bem. Hoje deve ser votado projeto de lei municipal que obriga a instalação de dispenser de álcool gel em locais que comercializam e manipulam alimentos. Se aprovado, o projeto segue para sanção do prefeito Beto Richa.

Paraná tem maior taxa de mortalidade

A taxa de mortalidade da nova gripe no Paraná é a maior do Brasil, com 0,76% a cada 100 mil habitantes, revela boletim divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. Essa taxa leva em conta apenas os primeiros 81 óbitos registrados no Estado (22% do total de mortes no Brasil).

Em seguida aparece o Rio Grande do Sul, com taxa de mortalidade de 0,62% a cada grupo de 100 mil habitantes e 18,5% do total de mortes nacionais, e São Paulo, com taxa de 0,36% e que concentra 41% das mortes. A média nacional é de 0,19%, o que coloca o Brasil em nono lugar entre os países com maior taxa de mortalidade.

Em número de casos, o Paraná aparece em segundo – comparado com outros estados -, com 107 mortes confirmadas pela Secretaria de Estado da Saúde. A Secretaria de Saúde de Maringá confirmou ontem a sétima morte na cidade, o que eleva para 108 as mortes no Paraná. Em primeiro lugar está São Paulo, com pelo menos 150 mortes. No Mato Grosso do Sul foi registrada o primeiro óbito causado pela doença.

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