Reaproveitamento

Lixo vegetal vira adubo para parques em Curitiba

Uma ideia está revolucionando a forma de manejo de resíduos orgânicos vegetais e otimizando custos de obras de paisagismo dos parques e praças em Curitiba. Trata-se do reaproveitamento de folhas secas e galhos recolhidos dos parques e praças da cidade para a composição de adubos orgânicos. O composto já é utilizado na produção de flores e nos canteiros da cidade.

De acordo com o assistente José Roberto Raloff, do Departamento de Parques e Praças, o reaproveitamento dos resíduos significa economia para o município. Segundo ele, não há custos de mão-de-obra para a compostagem das folhas, pois o recolhimento dos resíduos é feito pela própria equipe de limpeza da prefeitura.

Além disso, há também uma economia com o transporte dos resíduos, que antigamente eram encaminhados para o aterro da Caximba. “O reaproveitamento dos resíduos diminui a quantidade de adubos químicos utilizados nos parques. Além de economizar, estamos conservando os parques de maneira ecologicamente correta”, afirma.

Raloff ressalta que o que antes deveria ser um teste já é um sucesso, que deve ser estendido para outros locais. “A intenção é substituir gradativamente o uso de adubos químicos pelo orgânico no cultivo de árvores e flores ornamentais nos parques”.

A ideia do processo de reaproveitamento dos resíduos partiu da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Na sede do órgão, que fica anexa ao Parque Barigui, foi instalada uma composteira para que fosse depositado o material recolhido.

De acordo com Raloff, o espaço de 20 mil metros quadrados da secretaria produz cerca de 50 metros cúbicos de resíduos por mês, que podem resultar em até 10 metros cúbicos do composto orgânico.

Raloff explica que o material é depositado nas composteiras, onde permanece por um período de decomposição, que dura de 90 a 120 dias. “Se o tempo estiver muito seco, é preciso acrescentar água para acelerar o processo de decomposição do material.”

Segundo ele, o material é manuseado constantemente em fases, até que esteja totalmente decomposto. “Neste estágio o adubo já está pronto para ser utilizado”, afirma.

Segundo Raloff, os primeiros parques a receberem uma composteira para a produção do adubo orgânico são o Parque Barigui, o Bosque Alemão e o Passeio Público.

Voltar ao topo