Usina de lixo economizará bilhões de litros de água

Quatro bilhões de litros de água e 1,4 bilhão de megawatts de energia elétrica economizados por ano. Essa é a capacidade de sustentabilidade ambiental que será proporcionada pela nova usina de aproveitamento e reciclagem de lixo que vai substituir o aterro sanitário da Caximba.

A água e a energia economizadas seriam suficientes para abastecer o consumo de 600.000 pessoas em um ano. O cálculo da economia ambiental foi feito por técnicos do Consórcio Intermunicipal de Resíduos, com base no potencial de recicláveis, como plástico, papel, papelão, metal e outros materiais que hoje são enterrados e tratados no aterro.

“O beneficiamento de produtos a partir de material reciclável exige a metade da água, energia elétrica e petróleo usado na produção com matéria-prima virgem”, explica a secretária executiva do Consórcio, Marilza de Oliveira Dias.

As cerca de 2.400 toneladas diárias de lixo enterrado no aterro correspondem a um potencial de 150 mil toneladas de papel e de plástico, 29 mil toneladas de vidro e 5 mil toneladas de alumínios por ano, que depois de recuperados, voltarão para a cadeia produtiva em forma de matéria-prima. Dessa forma, economizam a água e a energia elétrica utilizada na fabricação de produtos a partir de matéria-prima virgem, extraídas de minas e outras fontes naturais.

O estudo dos técnicos demonstra que o potencial de aproveitamento de resíduos que ainda vão para o aterro da Caximba está dividido da seguinte forma: 31,74% de materiais recicláveis, 38,11% de orgânicos, 30,15% que não podem ser reciclados nem aproveitados como orgânicos, mas com potencial para aproveitamento energético.

O que está sendo exigido no edital de licitação para implantação da usina é o processamento de 100% do lixo, com aproveitamento mínimo de 85% de materiais, seja para biodigestão, compostagem, reciclagem ou transformação em insumos energéticos.

A única parcela permitida em aterro sanitário de pequena escala são os rejeitos, materiais que não contam com tecnologia disponível para aproveitamento. Mesmo assim, os rejeitos serão processados antes e não produzirão chorume. Esse novo modelo elimina o lançamento do resíduo bruto em aterro sanitário.

Funcionamento

Os 17 municípios integrantes do Consórcio farão a coleta normalmente e encaminharão o material para a usina. O lixo será despejado num local fechado e passará por triagem mecanizada. Só depois é que o lixo passará pelas mãos de funcionários para mais uma etapa de separação.

Outra exigência do Consórcio é a que a usina não terá despejo de efluentes líquidos, que serão tratados dentro da planta da usina e voltarão ao processo produtivo sem ser despejado em rios ou córregos.

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