Educação

Descaso adia início das aulas em Araucária

Problemas de estrutura física e de falta de profissionais nas escolas municipais em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, provocaram o adiamento do início do ano letivo na cidade do dia 5 para o dia 9 fevereiro.

A situação veio à tona esta semana, após uma mobilização, anteontem, de um grupo de pais de alunos da escola Jardim Fonte Nova, que pretendiam chamar a atenção das autoridades para problemas de rachaduras na sede da instituição.

A secretária municipal de Educação, Maria José Dietrich, afirma que o quadro do ensino em Araucária é bastante delicado. “Assumimos este mês e verificamos que faltam 300 professores e pedagogos na rede, além de 145 atendentes infantis.

Também ficamos quatro anos sem manutenção periódica nas sedes das escolas”, informa. O adiamento em quatro dias do início das aulas, segundo ela, permitirá algumas melhorias nas condições das salas de aula.

Para resolver o problema da falta de mão-de-obra, a secretária diz que encaminhou esta semana, à Câmara Municipal, uma proposta para contratação de profissionais já aprovados em um concurso público.

“Esperamos que até a semana que vem ela seja aprovada. Em no máximo 30 dias o problema estará superado”, prevê, ressaltando que o problema não impedirá o funcionamento das escolas neste período.

Em relação à estrutura das escolas, Dietrich diz que técnicos da prefeitura estão vistoriando os locais, à procura de defeitos mais graves. Um exemplo está em uma escola rural na região de Rio Verde que, durante o ano passado, ficou sem água corrente, tendo que utilizar água mineral até nos banheiros.

Uma bomba d’água já está sendo instalada no local. Outra escola rural, a João Sperandio, está interditada desde 2007 e deve ser liberada apenas no segundo semestre deste ano, após reformas.

No caso da Escola Jardim Fonte Nova, o problema de rachaduras, que começou há cerca de três anos, de acordo com a diretora Maria Isabel Hempkeimair, deve ser resolvido após a conclusão de um processo licitatório já aberto.

O cabo Jefferson Alencar, do Corpo de Bombeiros, que vistoriou a escola esta semana, esclareceu que não foi verificada necessidade de interdição do prédio, informação confirmada pela prefeitura.

Mesmo assim, a presidente do Conselho Escolar da instituição, Rosângela Chaves, que é mãe de um aluno e trabalha no local, diz que a apreensão dos pais continua. “As rachaduras estão aumentando a cada ano”, conta.